domingo, 5 de março de 2017

A Mutação dos Neutrinos

A Mutação dos Neutrinos
Em uma tarde fria e chuvosa nas plagas do sul brasileiro, acendi a lareira e liguei a televisão.
Estava passando o filme 2012.
2012 é um filme de catástrofe de 2009 dirigido por Roland Emmerich e estrelado por John Cusack, Chiwetel Ejiofor, Amanda Peet, Oliver Platt, Danny Glover, Thandie Newton e Woody Harrelson.
O filme faz referências ao Maianismo, ao Calendário de Contagem Longa e ao fenômeno 2012 em um retrato de eventos cataclísmicos que se desenrola no ano de 2012.
Na trama, devido a bombardeamentos de erupções solares, o núcleo da Terra começa a aquecer a um ritmo sem precedentes, provocando o deslocamento da crosta terrestre.
Isso resulta em vários tipos de cenários apocalípticos, que vão desde a Califórnia caindo no Oceano Pacífico, a erupção do supervulcão de Yellowstone, grandes terremotos e vários mega tsunamis ao longo de toda a crosta na Terra, mergulhando o mundo em caos.
A película centra-se em torno de um elenco de personagens e em como eles escaparem das catástrofes múltiplas em um esforço para atingir alguns navios construídos no Himalaia, junto com cientistas e governos do mundo todo que estão tentando salvar tantas vidas quanto podem antes das catástrofes decorrentes.
Envolto ao tema do filme, em clima frio e chuvoso, nos recentes acontecimentos mundiais onde o ser humano perde gradativamente o senso de equilíbrio, fui atraído para um quadro na parede da minha casa.
É a ilustração da capa desta lavra.
O triste olhar da retratada colhendo folhas, frutas ou sei lá o que, levou-me á uma viagem mental.
Criativo, nominei a tela de:
Colhendo as folhas de setembro!
Óleo sobre tela com espátula pintada por Suzanna Villela em 1975.
Uma infinidade de imagens tomou conta do meu cérebro.
Com tantas notícias mostrando a desordem existente, do micro ao macro, tive meus olhos lacrimejados e uma dor no âmago do meu ser quando deparei com a imagem triste divulgada nos quatro cantos do mundo.
As imagens de um menino sírio morto numa praia da Turquia viraram símbolo da crise migratória que já matou milhares de pessoas do Oriente Médio e da África que tentam chegar à Europa para escapar de guerras, de perseguições e da pobreza.
O mundo enfrenta a pior crise de refugiados desde a Segunda Guerra Mundial, segundo organizações como a Anistia Internacional e a Comissão Europeia.
Mais de 350 mil imigrantes atravessaram o Mediterrâneo desde janeiro de 2015 e mais de 2.643 pessoas morreram.
Cá com meus “botões” fiquei amargando pensamentos e inquirindo sobre os acontecimentos.
A Mutação dos Neutrinos teria alguma coisa com isso tudo?
Partícula elementar da matéria, fantasma ou camaleão, o neutrino pode estar um milhão de vezes mais presente no universo do que cada um dos constituintes dos átomos, mas continua a ser incrivelmente difícil de detectar.
Pesquisando no Diário de Notícias CIÊNCIA encontrei:
O neutrino, que desde os anos 1960 intriga os físicos, é desprovido de carga eléctrica, o que lhe permite atravessar paredes.
A cada segundo, 66 mil milhões das suas partículas fantasmagóricas atravessam o equivalente a uma unha humana.
No entanto, um neutrino emitido pelo Sol tem apenas uma hipótese em cem milhões de chegar a Terra.
Emitidos pelas estrelas e pela atmosfera, os neutrinos podem ser criados pela radioatividade dita beta, como a das centrais nucleares. Será culpa da Mutação dos Neutrinos?
 Assim que um próton se transforma num nêutron (eletricamente neutro) ou um nêutron se transforma num próton, esta mutação sucede acompanhada pela emissão de um eléctron negativo ou positivo e de um neutrino (ou de um anti-neutrino).
O comportamento destas partículas imperceptíveis interessa muito aos cientistas, uma vez que permite explicar por que é que o mundo é majoritariamente constituído por matéria e não por anti-matéria, uma vez que as duas deveriam existir em quantidade equivalente depois do 'Big Bang'.
A observação das "oscilações" de nêutrons, que por vezes se transformam com outras formas, é também um elemento fundamental para a Física.
Isto porque, para oscilarem, estas partículas devem ter uma massa, o que foi cientificamente estabelecido em 1998, depois de 30 anos de investigação.

"A existência de um modelo que possa explicar por que é que o neutrino é tão pequeno, sem se desvanecer, terá profundas implicações na compreensão do nosso universo, de como ele era, como evoluiu e como eventualmente morrerá", afirmou Antonio Freditado, físico do Instituto Italiano de Física Nuclear.

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