quinta-feira, 28 de março de 2013

Ajude-nos a ajudar - AG Lions Batel em 2 de abril de 2013


No próximo dia 02 de abril, às 19h30m, no Restaurante do SENAC, em Curitiba, o Lions Clube de Curitiba Batel  estará realizando uma significativa Assembleia Geral com a presença de nossos Associados , amigos e parceiros, trazendo  assuntos importantes para nosso movimento.

Nesse dia conseguimos também que alguns músicos participantes do Projeto Orquestra Filarmônica Lions, venham se apresentar em uma pequena demonstração musical regida pelo Maestro, Compositor e CL Rogério Krieger, dando as boas vindas a todos e mostrando o potencial desse Projeto.

Como ponto culminante da Assembleia teremos uma palestra proferida pelo Magnifico Reitor da PUCPR e CL recém-admitido em nosso clube, Dr. Clemente Ivo Juliatto que discorrerá sobre o Projeto Comunitário da PUCPR, o que viabilizará a continuidade e novas importantes parcerias com essa Universidade.

Venha participar conosco dessa noite  memorável, acompanhado de seus Associados e Familiares.

Como poderemos ter alguma limitação de espaço, solicitamos a confirmação de sua presença e de  seus associados conforme mostrado no convite anexo e também disponibilizado no site: www.lions.org.br/lionsbatel/convite02abril

Leonisticamente,

CL João Carlos Cascaes
Presidente
Lions Clube Curitiba Batel



terça-feira, 26 de março de 2013

VESTIDO VERDE


                                     VESTIDO VERDE
                                                                 Anita Zippin

Sim, era um vestido comum para muitos, mas com muita história.
Lembrou filme antigo que nossos pais e avós nos pediam para assistirmos, sobre uma casaca elegante masculina, que esteve vestindo um nobre em baile de gala, mais tarde foi a outro dono, a outro, até que serviu para cobrir um mendigo em noite de frio na nublada Londres e suas carruagens do século passado.
Mas voltando ao vestido, era longo em estampado verde e outras cores, como um traje indiano, hoje tão na moda.
Só que foi adquirido há mais de 40 anos, na loja Girassol, ao lado do Cine Ópera, ali na rua XV.
Como? Não tem mais o Ópera? Bem, para localizar de onde veio tal traje, era uma loja ao lado de onde é a Mesbla, na Boca Maldita.
Foi caro, boa parte de um salário de quem está iniciando seus trabalhos jurídicos, de alguém que ainda sonha em terminar o curso de Direito, mas já recebe por conta do bom advogado papai.
E o vestido serviu a tantas festas!
Andou com a filha, hoje 40. Também vestiu o filho, hoje 37.
Calma, leitor!
Nem dei o detalhe e já imaginaram que o filho gosta de fantasias.
É melhor do que pensam!
Eu, grávida, estive muito elegante uma vez com Ariadne , outra com Rodrigo Otávio no ventre, daí usar a expressão de que ambos usaram meu vestido.
Desfeita a dúvida, vamos ao detalhe.
Um longo com bom decote, mangas largas, com ar de nobreza, embora tenha vestido cidadã comum.
Ficou comigo algumas décadas, viajou nos bailes no sudoeste, onde eu advogava, voltou a Curitiba e sempre me prestigiou. Sim, o vestido me prestigiou, porque eu via nesse algo mágico, mesmo sem saber porque, sempre vinha ás minhas mãos na hora de me vestir para alguma cerimônia especial. Lógico que eu não usava todas as vezes que meus dedos o tocavam, senão seria a mulher do único vestido.
Mas ele andava comigo e me entendia como poucos!
E eu vivia feliz, enquanto via meus filhos crescerem, minhas netas Luiza e Rafaela chegarem, o muro cair, o presidente cair, a presidente subir.
E lá se foram 40 anos que eu tive uma dorzinha de barriga e o médico pediu para eu ir ao Hospital Nossa Senhora do Rosário, atrás da antiga Rodoviária. À época, a única de Curitiba.
Eu fui com sapato alto, meia calça escura, vestido negro com corações vermelhos, o mesmo usado na Lua de Mel, ver se minha criança estava bem, afinal ela teria de ficar lá mais um mês.
A enfermeira me levou para um quarto e começou a fechar enormes persianas. Lembro que minutos antes não queria sair do bidê, ao lado da patente e minha mãe disse:
_”Anita, levanta daí! Vai que o bebê resolve nascer e bate a cabeça”!
Eu ri bastante, afinal, faltava algum tempo.
E naquele quarto escuro, senti mais uma grande fisgada, um misto de dor de estomago e de nó nas tripas.
Ouvi um choro de bebê e pensei ser de alguma criança ao lado.Quando a parteira Blandina, jamais poderei esquecer deste nome em momento especial me disse:
“-Nasceu! É uma menina!”
E eu, só pude dizer:
“Mas, já nasceu? Eu não acredito”!
E assim foi a chegada de  minha Ariadne a este mundo bom, perfeito e lindo de viver.
Com a mesma emoção que eu a recebi naquela tarde de sexta-feira, o faço agora, ao abraçá-la pelos seus 40 anos de vida.
E o vestido? Calma, leitor!
Ah, o vestido. Ia me esquecendo.
Sim, aquele longo em tons de verde, com mangas soltas muito parecido do usado pelas princesas em contos de fadas?
Ah, este vestido estava a emoldurar o sorriso e a alma de minha Ariadne em seu aniversário.
Querem mais história do que esta???????
Que bom se todos os vestidos, ao serem confeccionados pudessem ter história com meio feliz como esta.
Qual será o final deste vestido? Será que alguma neta minha irá usá-lo?
Se servir para embelezar mais alguém, agradecerei todos os dias por este pedaço de pano ter unido para todo o sempre duas gerações, mãe e filha que falam por música, que cantam pelo silêncio da madrugada, que encantam pela presença de gente mui amada.
Com estas palavras, desejo que Ariadne tenha mais histórias para contar deste e de outros vestidos, mais ou menos vistosos do que o nosso amado vestido verde.

Que a vida seja uma surpresa tão boa quanto a que você me proporcionou hoje, Ariadne ao escolher no meio de tantos, para comemorar suas 4 décadas de vida, o vestido verde.

Amada filha, bendita a hora em que você nasceu.
De tão boa filha… eu não acredito!

(Anita Zippin, advogada, jornalista, vice-Presidente da Academia de Letras José de Alencar e da Associação Mundial de Periodistas e Escritoras)

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