quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Discurso de Boas Vindas

Discurso de Acolhida pelo ingresso dos novos membros da A.L.J.A., proferido pela acadêmica efetiva em 19 de novembro de 2009,
TÂNIA ROSA FERREIRA CASCAES

Prezados confrades e confreira, autoridades aqui presentes, senhoras e senhores convidados, BOA TARDE,
A solidão das letras escritas em momentos de tristeza pode se transformar em alegria e muito orgulho ao vê-las triunfantes em ambientes de cultura e promoção da inteligência como este. Filósofos deram origem ao conceito de “Academia”. Na antiga Grécia, berço da civilização ocidental, desde Platão, nas ágoras, esses ambientes marcaram locais onde pessoas que se destacaram no conhecimento da vida e das coisas da Natureza, se reuniam para ensinar, aprender e criar ciências.
A arte de escrever, a forma de falar, o culto e solidariedade em torno do conhecimento comum deram consistência à formação de nações. O mundo político moderno existe à imagem e semelhança de povos que ganharam consciência de união e força a partir do século 19, principalmente descobrindo-se irmãos, balizados pela língua mãe, base de suas pátrias.
A Língua Portuguesa é a nossa forma de expressão e a sonora, musical e belíssima forma de cimentação de um país que nos orgulhamos de pertencer, construir e amar. Nesse Brasil continental, nação que forma um gigante americano pronto a crescer e ocupar seus espaços, devemos consolidar nossos traços de união.
Aqui em 1939, ano em que nossa querida Academia foi criada, o culto à pátria descobria fórmulas para unir um povo de imigrantes, povos de todos os continentes, inclusive ameríndios, imigrantes em tempos distantes.
Consolidar a Flor do Lácio entre nós era a missão da Academia de Letras José de Alencar, neste ano em seus 70 anos, ilustre aniversariante, quando o mundo mergulhava naquela ocasião, na escuridão de mais uma guerra mundial. Nossa querida A.L.J.A tem história e acadêmicos de valor, dos quais escolhi uma em nome de todos, nossa querida Helena Kolody, que junto das estrelas observa nossos festejos. Lembrando um “pouco muito” do ela escreveu, ela assim falou:
Deus dá a todos uma estrela.
Uns fazem da estrela um sol.
Outros nem conseguem vê-la.

Na Academia de Letras José de Alencar, nossos queridos confrades, podemos encontrar nossa estrela, achar um rumo, e continuando com nossa saudosa acadêmica Helena:
Na flama divina
que em nós resplandece,
palpita a alegria
de ser para sempre.

Nossa missão, entre muitas, é de cultivar nossa cultura, paranaense, brasileira e portuguesa. Temos estrelas, rumos, ideais de nação, de povo, de gente que acima de tudo acredita no amor e na fraternidade que se estende, amplia-se com o ingresso de quatro novos membros acadêmicos: a ilustre Desembargadora Dra. Rosana Andriguetto de Carvalho,e os meritíssimos Dr. Eric Joubert Hunzicker, Dr. José Sebastião Fagundes Cunha como sócios efetivos e Dr. Mário Frota, como sócio correspondente de nosso país - irmão, Portugal.
E como que fechando com chave de ouro, a mensagem final no Hai Cai que acima começamos e que nos servirá de máxima,
A cada oscilar do pêndulo
algo se apaga
ou para nós termina.

De segundo em segundo,
algo germina
ou para nós floresce.

Neste breve discurso de acolhida, reverencio também a nossa pátria - irmã, citando pensamento do poeta e escritor de minha preferência,”Fernando Pessoa: Não há ventos favoráveis para quem não conhece a direção do porto!"
Em nome da Academia de Letras José de Alencar, dou-lhes, queridos confrades e querida confreira, nossos mais sinceros votos de boas vindas!
Que em nossa Academia tenham campo fértil em que germinem expressões de cultura e ventos favoráveis para espalhá-las para o mundo com alegria e muito amor.!! Sejam bem-vindos!
Muito obrigada!

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