quinta-feira, 28 de maio de 2009

Uma Academia feliz







Anuário ALJA - 1945





Homenagens - ALJA em 1945 - Anuário









Textos, crônicas, poesias























Sócios e Patronos da ALJA em 1945

Estatutos da ALJA em 1945









Reunião da Academia em maio de 2009

Bandeiras

Tânia apresentando blog





Flagrante de apresentação de blog da Academia



Des. José Wanderlei e suas confreiras

segunda-feira, 18 de maio de 2009

Como escrever um livro

C O M O E S C R E V E R U M L I V R O


Anita Zippin

Quando um sopro no ouvido fala a palavra ESCRITOR, é como se as estrelas estivessem a emoldurar a mente, num misto de beleza poética, com dúvida, incerteza, o quer fazer?
Logo vem a sensação : me belisca, estou sonhando.
E a imagem de ter um livro escrito por quem ouvir a palavra mágica vem diversas vezes à cabeça, não respeitando hora, tampouco lugar.
Pode aparecer na hora do banho, no trabalho,no vislumbrar uma bela paisagem, no passar por uma livraria.
Aí a imagem fica com os dias mais forte, aparecendo detalhes nunca descritos, tipo um livro, uma capa, um belo traje, uma caneta, uma noite de autógrafos.
Tudo isso passa em segredo, como se fosse de alcova e, quando alguém flagra o pensamento, é como se desnudasse a alma de quem sonha escrever.
É muitas vezes que gente ao redor pergunta se está tudo bem, se precisa de algo, até a incômoda frase: no que você está pensando?
Meio que sem sentir, a resposta vem na ponta da língua, desviando para outros temas e, mais uma vez, guardando o sonho-segredo mais um pouco.
Quando a caneta e o papel se encontram, quer no trabalho, quer num canto de sala ou quarto, vem a vontade de jogar palavras, ainda sem acreditar no que está acontecendo. Como se zumbis da noite tomassem conta de corpo sadio e mente sã.
Vem papel e mais papel se juntar em alguma gaveta, como que filho esquecido, por ora, ou até, para sempre.
Também o computador fica mais convidativo. Cria uma pasta e até ousa batizar de escritos, ou ainda, na humildade, coloca RASCUNHOS.
Mais uma vez, a vontade de escrever é censurada.
Quando vem as datas importantes, aniversários, natais,cartões de bodas, a letra do que foi um dia acordado com um sopro, parece mais bela, a ponto de quem está ao redor, admirar ou até, desistimular com a frase; TOMOU SOPA DE LETRINHAS?
E, mais uma vez, o embrião de escritor volta ao “status quo’, esquecendo quase que por completo que algum dia sonhou ser o autor de uma obra literária.
Entra ano, sai ano e a censura nas próprias palavras afoga a grande vontade de escrever.
Quando o autor abre uma gaveta para a limpeza, encontra um monte de papéis fora de forma, letras feias porque a inspiração exige escrita rápida, muito risco em cada página.
Tem duas opções:abrir a lata de lixo e jogar tudo, fazendo um bom espaço naquela cômoda, ou passar à limpo os textos.
Se optar pela primeira, AQUI JAZ UM ESCRITOR!
Se optar pela segunda, um grande passo, embora possa nem sair do lugar.
Mostra que subiu um degrau da especial arte de escrever.
Mais um tempo de maturação mas, desta vez, ousa pensar no tema mais vezes, bem como mostra para a pessoa mais próxima, em momento de descontração.
Se não agradar, volta tudo para a gaveta.
Se tive ao lado uma palavra, ou gesto de incentivo, vem a vontade de ver os textos formatados, nem que por ele, ou alguém da família que entenda de computação.
Quando as frases tomam corpo, o escritor se enche de brios, dá uma forte respirada e busca orientação de alguma gráfica ou editora.
Mesmo assim, acha que está sonhando. Sim, o escritor vive a sonhar, até quando recebe más notícias. Tem sempre a sensação de que já viu , que é apenas um de seus pesadelos decorrentes de comida pesada.
A fase da construção pode ser comparada à de uma casa. Tijolo por tijolo, palavra por palavra.
A festa da cumieira que acontece na contrução civil acontece quando o livro já tem boneco , ou eja, índice, apresentação, ficha catalográfrica, e o principal, o texto, quer seja em verso ou em prosa.
Vontade de soltar foguete, de sair para comemorar, de jantar com a pessoa que deu o arranque através do incentivo.
Se pensa que aí está a consagração, como falamos, falta o arremate da casa, o telhado, a pintura, etc.
Tem gente que para por aí!
O mais ousado continua a peregrinação e aumentam os sonhos. Começa a se interessar por tomada de preços, por empresas que patrocinam a Cultura, em leis de incentivos à Cultura, enfim, abre enorme horizonte à sua frente, como se o sonho começasse a ter forma, lugar, tempo.
Vem outra fase perigosa, que pode assassinar o escritor.
Cuidado! Está ceifa vidas e mais vidas. Chama-se PATROCÍNIO.
Um simples não pode significar a morte intelectual.
Patrocínio não está diretamente ligado á qualidade.
Quem cuida de orçamento, nem sempre lê.
Quem cuida de orçamento, nem sempre pensa além do valor a ser debitado no imposto de renda.
Por isso, quem consegue passar altivo pela palavra NÃO, está colocando telhas em sua casa.
Muito equilíbrio e autoconfiança nesta fase!
Conselho?Olhe-se no espelho e se ache o melhor. Sim, mesmo que não seja tão verdade, mas é o momento para trocar idéias sobre o livro com gente que entende da arte de escrever, tomando cuidado para que produto de seu trabalho não fique longe do autor, tampouco deixe fazer cópia, sob pena de ter plagiadores com pele de conselheiros pela frente.
Encontrar, tomara, escritores tão bons que irão mostrar as fases aqui descritas e incentivar, incentivar e uma vez mais incentivar.
Se o patrocínio não vem, vale a pena ver dentro do orçamento familiar se existe a possibilidade de publicar a primeira edição. De sonho com editoras famosas, pode o escritor se contentar com uma gráfica nem tão conhecida, mas que possa mostrar seu novo filho.
Com coragem, ainda um pouco envergonhado por sair da redoma do cotidiano e dar um passo mais ousado, consegue receber o telefonema que quase o mata do coração: PODE VIR, SEU LIVRO ESTÁ PRONTO!
Ainda sem acreditar, mal consegue carregar as pernas para dentro de um carro. Para tudo e sai em disparada rumo ao encontro com seu âmago,seu íntimo, seu EU.
Ao pegar sua obra de arte, nem que não seja tão de arte assim, mais um eletrocardigrama. O coração vai até a boca e vontade é de viver!
Casa pronta, decorada, vem a acender das luzes para a inauguração.
Livro pronto, encapado, vem a grande data para a apresentação.
Onde lançar?
O mais perto possível de seus amigos e colegas.
Se faz parte de uma classe, procure sensibilizar os dirigentes, tipo presidente da Ordem dos Advogados, Presidente do Sindicato dos Panificadores, etc.
Espaços culturais sempre tem lugar para mais um evento.
Tem de falar certo com a pessoa certa.
Com coquetel, sem coquetel, com muita ou pouca gente, NASCE O ESCRITOR.
Pode ser que esta somente esta seja a obra literária, fruto daquele sopro no ouvido.
Tomara que haja gosto pela ARTE DE ESCREVER e, mesmo um livro lançado, a gaveta ou pasta no computador quase comporta mais um livro.
Parabéns, mesmo que a crítica não o aplauda!
Lembre que nem sempre os melhores alunos são os melhores profissionais.
Muitas vezes um livro de sucesso pode ter marketing e pouco conteúdo.
Faça de tudo para que seu livro chegue às bibliotecas de bairros, ou de cidades menores.
Dia chegará que irá receber uma carta pelo correio, com letras ruins de entender, com as seguintes palavras:
“Não o conheço, mas ajudaram muito suas palavras. Demorei para ter coragem e registrar minha alegria, neste final de vida, de poder ler antes de morrer suas palavras. Parabéns, escritor”!
Quando este dia chegar, abençoe cada passo iluminado que deu nesta trajetória e bendiga o dia em que foi segurada a sua mão e sai a palavra be a bá.
Este dia chegará para todos, nem que em sonho!

FALANDO DE AUTENTICIDADE

FALANDO DE AUTENTICIDADE

É muito bom saber-se que um talento
nascido nos alvores de uma vida,
desponta agora entre contentamento
e humildade, como obra conhecida.

Lendo-lhe os poemas, leves como o vento,
mas filhos de uma alma enternecida
e um pensamento lúcido e atento,
vi salvo o verso, a musa enaltecida.

Desejo-te, confrade, com carinho,
que seja a poesia em teu caminho
além de contraponto à norma fria,

um terno olhar na busca da verdade,
afirmação de tua autenticidade,
da tua felicidade a eterna guia.

Abraço do Arioswaldo

FALANDO DE AUTENTICIDADE

FALANDO DE AUTENTICIDADE

É muito bom saber-se que um talento
nascido nos alvores de uma vida,
desponta agora entre contentamento
e humildade, como obra conhecida.

Lendo-lhe os poemas, leves como o vento,
mas filhos de uma alma enternecida
e um pensamento lúcido e atento,
vi salvo o verso, a musa enaltecida.

Desejo-te, confrade, com carinho,
que seja a poesia em teu caminho
além de contraponto à norma fria,

um terno olhar na busca da verdade,
afirmação de tua autenticidade,
da tua felicidade a eterna guia.

Abraço do Arioswaldo

GRATIDÃO OS HEROIS DA PANDEMIA