quinta-feira, 31 de março de 2016

Ciro & Lurdes

Ciro & Lurdes
Cardoso Filho

           Descendentes de ucranianos, casados havia pouco, gente humilde, criados na lida dura de lavração da terra, um dia, cansados da vida difícil, de futuro pouco promissor, decidiram deixar o campo em Prudentópolis e tentar a sorte na capital. Haveriam de encontrar trabalho melhor na cidade grande, eram de enfrentar o pesado, qualquer coisa serviria para começar. Rasparam as economias, juntaram mais umas ajudazinhas dos familiares, recolheram o tico de móveis, os presentes simples recebidos no casamento, umas loucinhas, uns talheres baratos, uns bibelôs, o modesto enxoval de noiva, botaram tudo em cima de um pequeno caminhão de aluguel e partiram. Contavam, para início da nova vida, que uns parentes em Curitiba dariam alguma mão, pouca, era certo, porque também se tratava de gente pobre pelejando para sobreviver. O resto seria com Deus.
          De fato, um dos parentes indicou Lurdes para trabalhar de doméstica na casa de dona Elisa, distinta senhora com quem se adaptou fácil, porque Lurdes era trabalhadeira e boa de gênio. Ganhava pouco, mas o pouco permitia ajudar em casa. Ciro, por seu turno, acostumado a lidar com plantas e matos, arrumou umas ferramentas com uns cobres que a generosidade de dona Elisa lhe adiantou e foi trabalhar de jardineiro. Assim começaram a vida em Curitiba. Na rotina de todos os dias, Lurdes seguia bem cedo para o emprego e lá, com licença da patroa, preparava a marmita para o marido. Pouco mais tarde, Ciro aparecia, apanhava o almoço e partia para cuidar dos jardins. A vidinha seguia nesse ritmo, difícil, de muito trabalho, mas com jeito de melhorar, pois Ciro, caprichoso no que fazia, ia aumentando a clientela e logo pôde comprar uma bicicleta usada para facilitar-lhe o transporte. E Lurdes amava Ciro e Ciro amava Lurdes, e sonhavam juntos com tempos melhores, e o querer e a esperança ajudavam muito no enfrentamento da aspereza daquele começo. Mas, certa manhã, o céu toldou-se para eles.
          Ciro chegou para apanhar a marmita. Perguntou se já estava pronta. Lurdes desculpou-se, meio aflita, não havia dado tempo, muito serviço, dona Elisa pedira umas coisas meio urgentes... Ciro a interrompeu. Não gostou nada. Chegou mais perto, rosto fechado, e disparou o aviso, que escutasse bem, Lurde (era como a chamava), sua marmita estava em primeiro lugar, nada de coisa antes para fazer; que precisava comer para trabalhar direito, além do mais ele era seu marido e ela tinha obrigação de cuidar bem dele e da sua marmita. Por fim, despachou a ordem, que fosse arrumar a marmita de uma vez.  Enquanto ela se apressava em aprontar a vianda, ele indagou por sua calça limpa. Ela se atrapalhou de uma vez, ah, Ciro, não dera tempo de passar. Era demais para a paciência dele. Repreendeu-a com mais rudeza, que escutasse bem, daquele jeito não ia dar, eram casados fazia pouco tempo e ela já falhava nas obrigações, ela que tomasse jeito. Lurdes desabou num choro sentido, amargo, em infelicidade total. Entregou a marmita e Ciro foi embora.
          Ela passou o dia a ruminar o acontecido, cheia de culpa. Ele havia falado que daquele jeito não daria. Talvez não desse mesmo, ele já estivesse desgostoso com a vida de casado, com as dificuldades, por pouca coisa havia estrilado feio, não era coisa para tanto, quem sabe a vida na cidade grande fosse demais para ela, criada no mato, na vidinha simples de Prudentópolis, melhor fosse voltar para lá, viver com sua gente, na sua terra. No cair da noite, Ciro chegou e a encontrou tomada pelos pensamentos sombrios. Ela avisou que precisam conversar.  Era sua vez. Tomou coragem. Tinha pensado bem e talvez ele tivesse razão, que não daria certo, daí que melhor era voltar para casa, ficar com os pais, vai ver é meu destino e você toca a vida como achar melhor. Ciro retrucou em cima. Ela não estava entendendo, eram casados no papel e na igreja, quem mandava nela, agora, era ele, seu marido, não era pai nem mãe, não tinha história de voltar coisa nenhuma, que sua casa agora era ali, com ele, e o caso estava encerrado.
          No outro dia, ainda chorosa, foi visitar a vizinha Bonifácia, negra já de certa idade, viúva, cabelos começando a embranquecer, opulenta de corpo, proprietária de três casinhas, duas rendendo aluguel. Lurdes contou-lhe a desdita, seu desejo de ir embora, falara com Ciro e ele lhe respondera que quem mandava nela agora era ele, seu marido, que esquecesse pai e mãe. Bonifácia, senhora experimentada nas idas e vindas da vida, indignou-se, pôs as mãos nas fartas cadeiras e disparou que aquilo tudo era uma besteirada do Ciro, quem ele pensava que era, homessa!, esse tempo de homem mandar em mulher acabara fazia tempo, não tinha mais disso, não!, que Lurdes precisava ter tutano, chega nele, olho no olho, e diz que ele não manda em você de jeito nenhum, isso foi nos antigamentes, agora é tudo igual.
          Lurdes voltou para o trabalho carregada de ânimo e coragem. Bonifácia sabia das coisas, tinha sabedoria. No fim da tarde, Ciro chegou. Sentou-se numa cadeira, na cozinha, perguntou se tinha café, Lurdes buscou, serviu, esperou o primeiro gole. E começou. Que Ciro ouvisse bem, não tinha mais essa de marido mandar em mulher, esse tempo passara, agora era tudo igual e ela faria o que bem entendesse. Se desejasse voltar para casa dos pais, iria, mas havia pensado e faria diferente: iria era se mandar para o mundo! 
          Ciro não caiu para trás porque estava sentado. A reação inesperada de Lurdes, cheia de coragem e direitos, o assustou, coração acelerou-se, apertou o peito. Ante o desastre iminente, pediu calma, que não ficasse nervosa, ela tinha razão, que história aquela de deixar marido?, ele gostava dela, não precisa sair nada, um cuida do outro e a gente vai ser feliz. Que esquecesse a bobagem e tudo se acertava.
          Diante da capitulação mansa e doce de Ciro, ela esqueceu, tocaram em frente em pé de igualdade e foram felizes, conforme o possível nas contas da pouco generosa existência.
          Por essas e outras se vê que o machismo vai morrendo. Há resistências, os durões esperneiam, mas o destino está selado e os machões terão de se conformar. É a marcha inapelável dos tempos.


Março de 2016..

Histórias e fatos que nosso amigo Souto reaproveita e divulga - que beleza

Francisco Souto Neto

21:16 (Há 11 horas)
para anitamimTânia
Oi, Anita...

O Prof. Aroldo Murá, atencioso como sempre, colocou em sua coluna de hoje, 30.3.2016, no Diário Indústria & Comércio, minhas palavras sobre o poder de persuasão desta nova face cibernética do jornalismo, que supera a imprensa tradicional em papel, para assim alcançar a universalidade através da internet. Nesse contexto, ele incluiu o fragmento do filme da autoria do Cascaes, que começa com você presidindo a reunião. Veja neste link:


E na mesma edição, em sua décima parte de um vasto trabalho que ele vem publicando sobre a História da Arte Paranaense, teve a gentileza de mencionar minha atuação durante muitos anos no Banestado, no qual implantei e consolidei o Programa de Cultura do então banco oficial do Paraná, neste link ilustrado com uma foto da querida amiga e grande artista plástica Denise Roman:


Não há como negar: é gratificante saber que pessoas ainda se recordam de um pouco do meu trabalho em prol da cultura no Paraná. Acima de tudo, o Prof. Aroldo Murá é um gentleman.

Com abraço do
Souto.

P.S.: Vai com cópia ao nosso querido Cascaes, porque ele está mencionado acima.

sábado, 26 de março de 2016

Academia de Letras José de Alencar - Reunião festiva de 71 anos em 19.11...





Publicado em 25 de mar de 2016
Reunião em 19.11.2010 comemorativa aos 71 anos da ACADEMIA DE LETRAS JOSÉ DE ALENCAR, de Curitiba, com a posse de novos associados no Centro de Letras do Paraná. Na composição da mesa de honra: ANITA ZIPPIN, ARIOSWALDO TRANCOSO CRUZ, CÉLIA PACIORNIK DALVINSKI, CELSO MACEDO PORTUGAL, DÁLIO ZIPPIN FILHO, FRANCISCO SOUTO NETO. Foram empossados os novos acadêmicos: Sócio titular: JOATAN MARCOS DE CARVALHO. Sócios efetivos: CHLORIS ELAINE JUSTEN DE OLIVEIRA, GILBERTO FERREIRA, JOÃO CARLOS CASCAES. Sócio correspondente: CLÁUDIA ZIPPIN FERRI. Ao piano, NATÁLIA REOLON DE COSTA..

quinta-feira, 24 de março de 2016

Sem Saída

Sem saída
Cardoso Filho

          Escreve-me um amigo dizendo que não entende mais nada da barafunda político-jurídica em que o Brasil se encontra e confessa certo desânimo. Assiste-lhe alguma razão. O filme é mesmo intrincado e em muitos momentos fica difícil saber quem é bandido e quem é mocinho e a fita parece não ter fim. Dirigi-lhe uma palavra de ânimo. Disse-lhe que ele, gaúcho raçudo, não há de desanimar da luta de resistência ao mal, e completo aqui, por mais encarniçado, satânico e venenoso como a jararaca seja o inimigo.
Muita coisa virá por aí. Novas e demolidoras delações premiadas estão na bica. Nesta altura, o Brasil não possui escolha. Tem de levar a Operação Lava-Jato até às últimas consequências, atinja a quem atingir, apesar de todas as tentativas de freá-la ou anulá-la dos que sabem que ela lhes será politicamente mortal. A hipótese de não fazê-lo é tão trágica e perigosa que não é bom nem considerá-la.
Outra hipótese fora de cogitação é a permanência de Dilma Rousseff na presidência da república. Não há saída para ela. Tem de sofrer o impeachment, quanto mais não seja, por infringir a lei de responsabilidade fiscal, violada para permitir que o governo petista torrasse dinheiro para ela, Dilma, vencer a eleição de 2014, fato que enterrou o Brasil na maior crise econômica da história. Dizem os petistas, porém, que não é motivo suficiente, argumentando em cima da velha e abominável cultura nacional do atraso e da impunidade que admite o absurdo de existir lei que pega e lei que não pega; de lei que vale e lei que vale mas nem tanto. Parte da cultura do jeitinho, do compadrio, do achego espúrio, do acerto por fora, das negociatas, da facilitação em troca de favores escusos ou pixulecos, da malandragem e crimes que fizeram o Brasil essa sujeira política venenosa e nauseabunda que nos envergonha e rebaixa perante o mundo civilizado. Outro argumento dos petistas é que corrupção sempre houve na política brasileira, pretendendo se socorrer no que chamo de jurisprudência do crime, ou seja, se não se puniu a corrupção no passado, não é justo punir a de agora.
Repito que o Brasil não tem escolha. É fazer ou fazer a limpeza moral de suas instituições, rolem quantas cabeças rolarem, não importando a que partido político pertençam. Quem deve tem de pagar, e se a conta petista for maior, será porque o PT (Partido dos Trabalhadores) está há treze anos no poder e, portanto, bem mais enfiado na corrupção que a Operação Lava-Jato vai escancarando aos olhos estarrecidos dos brasileiros. Frear ou anular a devassa que a Justiça está promovendo no mundo da política e dos grandes negócios a ela ligados enterrará o País numa crise institucional de consequências imprevisíveis.
Preveem alguns que haverá reação ao impeachment de Dilma Rousseff. Que as milícias armadas do MST (Movimento dos Trabalhadores Sem Terra), sob o comando de João Pedro Stédile, sairão às ruas e não será para agitar bandeiras vermelhas, como, aliás, Lula faz pouco tempo ameaçou. Que a Bolívia e seu índio Morales interferirão. Que o tragicômico Nicolás Maduro, também. Que isso e aquilo poderão acontecer. Vamos ver. O Brasil caminhou em tão mau rumo nos últimos treze anos sob governos petistas que fazer meia-volta talvez tenha um custo além do econômico. É possível que dias escuros venham a ser o tributo a pagar para a limpeza moral e recomeço do País. Quem há de dizer?, e me vem à cabeça o samba-canção de Lupicínio Rodrigues.


Março de 2016.

quarta-feira, 23 de março de 2016

Menino e Vem Comigo - nosso orador da Academia, Desembargador José Wanderlei Resende - faleceu em 20 de março de 2016



confrades,

tem um belo poema de José Wanderlei Resende, que tive a oportunidade de ler ontem, no enterro.
divido com vocês as boas palavras deste eterno menino.

                    Menino

Era uma vez um menino
e só de sonhos se fazia o menino.
E o tempo passou menino.
o menino cresceu e se tornou homem.
Era uma vez um homem
que acabou se tornando novamente menino.(José Wanderlei Resende)

Gosto do termo" e o tempo passou menino", como se o tempo passasse devagar, ou divertidamente.

outro poema de sua autoria:

VEM COMIGO

Vim ao mundo
para poetar,
te fazer rir,
chorar,
pensar,
te dizer coisas lindas,
transportar-te
para os lugares
que tu
sequer imaginaste.
Vem comigo!
Vamos apenas
sonhar.(José Wanderlei Resende)

também li e gosto muito do termo que uso com frequência "poetar".

considerem estas palavras a boa despedida de nosso Orador da Academia de Letras José de Alencar e as homenagens feitas por mim, em nome de todos os nossos colegas.


fraternal abraço

Anita Zippin
Presidente
Academia de Letras José de Alencar


Amigo Cascaes,

se quiser, poderá transcrever os dois poemas em nosso blog.

E.T.:

os confrades que estão lendo agora, só para tomarem conhecimento de que nosso orador da Academia, Desembargador José Wanderlei Resende partiu desta para a outra vida no dia 20 de março de 2016, recebendo as homenagens em palavras proferidas por mim, na despedida.

sábado, 19 de março de 2016

FRANCISCO SOUTO NETO RECEBE O TROFÉU IMPRENSA BRASIL 2014




Publicado em 18 de mar de 2016
Em 8 de dezembro de 2014, Francisco Souto Neto recebe o Troféu Imprensa Brasil 2014 outorgado por Carlos Queiroz Maranhão, e vai à recepção acompanhado de Dione Mara Souto da Rosa, Isabelle Edith Aguilar da Rosa, Rubens Faria Gonçalves, Anita Zippin e Geraldo Fuchs.

sexta-feira, 18 de março de 2016

Lava Jato pegou conversas de Lula e Dilma no telefone - COMPLETO - Lula ...







Publicado em 16 de mar de 2016
Amanda riu kkk!! Áudios complicam Dilma e Lula. Acompanhe. Moro derruba sigilo e divulga grampo de ligação entre Lula e Dilma. Dilma cai em grampo da PF em conversa com Lula
Em interceptação telefônica na Operação Aletheia, a presidente disse que enviaria o "termo de posse" para o líder petista; Moro derruba sigilo e divulga grampo de ligação entre Lula e Dilma. Grampo Telefônico de Lula e Dilma. Gravação da Conversa do Lula Com Dilma - Grampo na Ligação - Telefone Grampeado.Grampo Telefônico de Lula e Dilma. dia histórico?, dia histórico?. Lava Jato pegou conversas de Lula e Dilma no telefone.A Operação Lava Jato monitorou conversas telefônicas entre o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva que sugerem tentativa de influência no Ministério Público e no Judiciário e também conversa desta quarta-feira, 16, entre o ex-presidente e a presidente Dilma Rousseff e o ministro.Trata-se de processo vinculado à assim denominada Operação Lava Jato e no qual, a pedido do Ministério Público Federal, foi autorizada a interceptação telefônica do ex-Presidente Luiz Inácio Lula da Silva e de associados”, registra o juiz Sérgio Moro.Gravação do Telefone da Dilma - Grampo na conversa de Dilma e Lula. Ouça a conversa por telefone entre Lula e Dilma.Vaza Áudio Dilma e Lula, Conversa+do+Lula+Com+Dilma+ .https://www.facebook.com/Musicas-saud...

MICHÈLLE - um rastro de luz


quinta-feira, 17 de março de 2016

Introdução à reunião de 15 de março de 2016 - projetos existentes - Unibersidade Positivo - " A Academia Vai"





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tp://acessibilidade-e-o-arq-ricardo-mesqui.blogspot.com.br/2016/02/campanha-amigos-da-pessoa-idosa.html

http://idososbrasileiros.blogspot.com.br/2015/12/visita-sede-da-pastoral-da-pessoa-idosa.html

http://idososbrasileiros.blogspot.com.br/2015/12/detalhes-da-reforma-da-futura-sede-da.html

http://idososbrasileiros.blogspot.com.br/2015/12/apresentacao-da-campanha-reforma-da.html

http://www.pastoraldapessoaidosa.org.br/

Planejamento - continuando - ALJA em 15 de março de 2016

Planejamento de atividades e lembranças motivacionais



Assuntos gerais e distribuição de livros pessoais - com destaque nosso expresidente Ari

Final de uma excelente reunião

Acervo BRDE

Momento lúdico

quarta-feira, 16 de março de 2016

Não dá mais

Não dá mais
Cardoso Filho

          Foi para não esquecer. As passeatas Brasil afora contra Dilma, Lula e PT e a favor da Operação Lava-Jato, ocorridas no domingo, 13 de março, levaram para as ruas das principais cidades brasileiras multidões que somaram mais de 3,5 milhões de pessoas. Segundo os movimentos organizadores, o número teria sido 6 milhões. Não importa. Uma manifestação popular histórica, jamais vista no País. Em Curitiba, 200 mil pessoas estiveram presentes. Impressionante massa humana vestida de verde e amarelo a protestar pelo reerguimento moral da Pátria. Mas sem violência, com civilidade e ordem, sem black bloc para manchar o protesto com baderna criminosa, sem bravatas como a dos ditos movimentos sociais e pelegos sindicais.
          Talvez não voltemos a ver outra demonstração de indignação patriótica de igual intensidade, exceto se a solução que a sociedade exige não vier logo. Ao cair tarde daquele domingo, uma certeza se impôs: o governo de Dilma Rousseff não tem força moral para continuar. Não tinha antes das passeatas de domingo e muito menos agora. A era petista caminha para o fim amortalhada na pior corrupção que o Brasil já conheceu, de valores astronômicos que assombram o resto do mundo, e não vai aqui nenhum exagero retórico.
          Eis que, na terça-feira, 15 de março, o ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal, homologou a delação premiada do ainda senador Delcídio do Amaral, feita no âmbito da Operação Lava-Jato. Uma bomba que o governo pretendeu, de algum modo, lícito ou não, impedir, sabendo do alto teor explosivo das revelações. Não conseguiu e continua no cambaleio sem rumo em busca de salvação. A nau petista, que já vinha fazendo água, recebeu um petardo possivelmente fatal. Sem contar que outros torpedos virão: novas delações premiadas estão em negociação, como a de Marcelo Odebrecht e Mônica Moura, mulher do marqueteiro João Santana.
           É possível, na democracia, conviver com um governo incompetente, ainda que doloroso suportá-lo. Imperdoável e inaceitável, no entanto, é um governo que enterra o país na lama da corrupção, destrói sua economia e perde qualquer sentido de decência, e a nomeação de Lula para ministro da Casa Civil, ocorrida no dia 16, é a expressão acabada da ausência de qualquer respeito pelo povo brasileiro e de dignidade. A desonestidade, a trapaça, a má-fé, o desapego a qualquer valor moral e o conluio criminoso como política de estado são as artes e valores que o PT trouxe para governar. Nada mais possui.
           Pode ser que a agonia se prolongue mais um pouco, contrariando a ânsia e urgência do povo brasileiro. Mas o tempo se esgota. Milhões de brasileiros que sofrem com o desemprego, com a roubalheira desenfreada que o lulopetismo instalou na política e nos negócios, com a inflação que corrói os bolsos, com a perda de conquistas sociais, com a quebradeira de empresas etc., pois toda essa massa de gente já perdeu a paciência e quer que a solução venha de uma vez:  pelo impeachment ou renúncia da presidente ou pela cassação da chapa Dilma-Temer pelo STF.  A crise gravíssima não pode esperar mais.
          Diante desse quadro de horrores, só uma reação resta em resgate da honra e para salvação do Brasil. Está mais do que na hora de, com todo o respeito e delicadeza, enfiar o pé nos fundilhos da presidente e de toda a malta petista encastelada no poder.
         
Março de 2016.  

          

quinta-feira, 10 de março de 2016

POLÍTICA

elso Portugal

15:35 (Há 5 horas)
para mimarioswaldo
P oder pressupõe democracia
O sol nasce para todos,  é luz
L iberdade é transmitir  alegria
I nspiração e imaginação traduz
Tudo em razão desta sintonia
I rradiando silogismo nos induz
C ompreensão  diz  harmonia
A rte de governar nos seduz!.. 


Celso Portugal

quarta-feira, 9 de março de 2016

Dias de março

Dias de março

Cardoso Filho

          Viagem a Santo Antônio da Platina deixou-me uma semana longe do computador e impediu-me de enviar aos amigos leitores minha crônica habitual.
Pretendia continuar a escrever-lhes algo leve, ameno, ainda cheirando a férias, distante da política brasileira e suas sujeiras intermináveis, mas os fatos nos atropelam. A propósito, no texto que lhes enviei na última semana de fevereiro lembrei-lhes, de passagem, o presságio de que os dias de março seriam cruciais para a crise política que paralisa o Brasil.
          Pois, amigos, o presságio confirmou-se. De repente, o senador Delcídio do Amaral, enredado nas investigações da Operação Lava-Jato, resolveu aderir à delação premiada e, neste alvorecer de março, na antessala do outono, botou gasolina na fogueira em que ardem lentamente Dilma, Lula e o PT. Fez o que se queria e esperava. Delcídio encontra-se na situação em que precisa desesperadamente reduzir seu prejuízo penal, e sua mulher, desde que ocorreu a prisão do marido, foi a decisiva voz a convencê-lo da estupidez de não falar e, não abrindo o bico, pagar uma fatura criminosa que pertence preponderantemente a Dilma e Lula.
          A partir daí e da condução coercitiva de Lula para depor perante a Polícia Federal, o ex-presidente saiu rosnando como cão danado seu delírio megalomaníaco que pede tratamento psiquiátrico. Jacta-se, entre outras fantasias, de carregar idoneidade e qualidades morais que os fatos mostram que nem de longe possui. O que verdadeiramente o diferencia é uma capacidade oratória diabólica que o fez capaz de ludibriar as massas durante longo tempo. Mas os truques do ilusionista chegam ao fim e a plateia que ainda paga para vê-lo vai rareando. Ele ultrapassou todos os limites de tolerância dos brasileiros esclarecidos e honestos. Mas não vamos nos deter nos detalhes dos fatos já demais conhecidos dos amigos leitores, diariamente bombardeados pelos noticiários dos jornais, revistas, tevê e internet.
          Interessa dizer que a hora e a vez do acerto de contas com a Justiça estão chegando para Dilma, Lula e o séquito de corruptos que o petismo produziu em treze anos de governo. Nesse processo de ajuste, é indispensável o maciço, explícito e ruidoso apoio popular. É preciso que o povo vá às ruas nas passeatas do próximo domingo, 13 de março, e forme uma onda irresistível, um tsunami de indignação e intolerância que ajude a varrer a corrupção que o PT adotou como política de estado e método de governo. Não há mais lugar e tempo para o comodismo de ficar em casa e transferir a amigos, a vizinhos, o esforço de ir às ruas para protestar e exigir a mudança de governo dentro da ordem constitucional. É decisivo expressar apoio ao trabalho histórico da Operação Lava-Jato de combate à criminalidade política que tanto sangra o País e mostrar veemente disposição de não mais tolerar a corrupção que afundou o Brasil.
Os petistas ameaçam que poderá haver confrontação física para valer caso Dilma sofra impeachment ou Lula venha a ser preso.  É a tentativa desesperada de intimidar a lei e os brasileiros. Talvez os vermelhos pensem que, batendo o pé e fazendo cara de bravo, porão para correr os adversários verde-amarelos, amedrontando-os com a possibilidade de violências. É preciso que não embarquemos nessa bravata grosseira. Ademais, nesta altura, o Brasil bom e ordeiro tem de pagar para ver. Um grande país se constrói com a coragem das mulheres e homens briosos e não com a pusilanimidade dos fracos, e se alguém já disse isto, que me perdoe o plágio oportuno.


Março de 2016.

segunda-feira, 7 de março de 2016

relatórios da actividade de 2015 da sociedade científica de intervenção apDC, sediada em Coimbra.

Cumpre remeter, em anexo, os relatórios da actividade de 2015 da sociedade científica de intervenção apDC, sediada em Coimbra.
 
 
 
procedência:
 
-Secretariado técnico-administrativo-
associação portuguesa de Direito do Consumo
Rua Vilaça da Fonseca, 5
3030-321 Coimbra
Telf. 239404733
www.apdconsumo.pt | www.netconsumo.com
 
 



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