quarta-feira, 31 de agosto de 2016

Adeus

Adeus
Cardosofilho
Francisco Alves lançou, em 1947, a canção “Adeus, Cinco Letras Que Choram”, de Silvino Neto, cuja versos iniciais diziam: “adeus, adeus, adeus/ cinco letras que choram/ num soluço de dor...”. Seguia por aí, num lamento de despedida.
Esse samba-canção era ouvido pelo rádio por ocasião do enterro de Chico Alves, morto em 27.09.1952, em acidente de automóvel. O esquife desfilava pelas ruas do Rio de Janeiro cercado pela multidão que se despedia de seu cantor maior, e as emissoras de rádio transmitiam o cortejo tendo ao fundo a canção de adeus. Ocorreu-me a lembrança no momento do impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff, finalmente aprovado em 31.08.2016 (agosto, sempre agosto!). Claro que o conteúdo da canção não se aplica com inteireza ao caso, mas os quatro versos iniciais cairiam bem nos lábios da madame Rousseff, a combinar com o momento, para ela, de profunda dor, desgosto e amargo arrependimento. Tudo tardio. Triste e preocupante é que esses sentimentos se misturam com rancor, demagogia e incitamento à guerra. O velho e conhecido ódio e populismo petistas.
          Finalizado o doloroso momento, inexiste motivo para alegria geral. Há alívio, eis o caso, pelo afastamento definitivo de quem tanto mal fez ao País. Pôs-se fim a uma etapa difícil e custosa, cuja conta estamos pagando em desemprego, inflação elevada e maior crise econômica já enfrentada pelo Brasil. Conta cujo peso maior recai, como sempre, sobre os brasileiros que menos podem, pelos mais pobres. E me vem à mente a figura grotesca de Chico Buarque, sentado entre Jacques Wagner e Lula na galeria do plenário do Senado Federal, assistindo a uma das etapas da sessão que determinou o fim do mandato da presidente. Um boa-vida, mergulhado no melhor que o capitalismo pode proporcionar, fazendo pose característica de intelectual de esquerda engajado na suposta e falsa luta dos comunistas pelos mais pobres. A antiga farsa inaugura em 1917, pela Revolução Russa, que tanto sangue e maldade espalhou pelo mundo. Para Chico Buarque, e outros artistas bem-sucedidos e iguais a ele no alinhamento ideológico, não existe a horrorosa crise econômica e social produzida pelos desmandos dos nefastos e corruptos governos petistas.
          Escrevia eu que não há razão para alegria. Cabe, sim, refletir sobre a origem e razões do terrível equívoco cometido por boa parte da população brasileira, que ingenuamente embarcou na canoa petista, na qual, por sinal, jamais pus o pé. Em nenhum momento, nesses anos todos, me iludi com as promessas de moralidade e ética do Partido dos Trabalhadores (PT) e jamais considerei Lula – mesmo o Lulinha “paz e amor”, muito menos Dilma Rousseff, a gerentona – à altura de presidir o Brasil. Ainda que a tese possa ser discutível, alio-me aos que consideram que um país precisa ser governado por seus melhores homens. Por sua elite intelectual e moral. Pelos mais preparados. Pelo escol de suas inteligências. Por esse caminho, é mais fácil acertar. Evidente que moralidade não é privativa dessa elite e o cuidado quanto a isso é indispensável, mas um despreparado, mesmo que idôneo, para a magnitude e complexidade do cargo de governar um estado, um país, é risco demasiado. Sério convite para o desastre.
Michel Temer, a quem não entregaria meu voto em condições normais, tornou-se a saída possível. Resta-nos seguir com ele, cuidando de seus atos e com a esperança de que suas promessas de reformas serão cumpridas. O Brasil inicia uma nova fase, na qual o poder político será exercido sob o olhar atento dos cidadãos, hoje muito mais ativos em cobranças do que no passado, graças à comunicação pelas redes sociais via internet. Os políticos sabem que os tempos são outros.
O tempo para Michel Temer será curto para as graves reformas que o Brasil requer, mas precisa cumprir sua parte no esforço de mudar e recuperar o Brasil. Vamos ver. Aguardemos sem excesso de otimismo e com disposição de não aceitar com leniência e passividade um governo meia-boca. O rugir das ruas mostrou o quanto vale.

Agosto de 2016.

   

quinta-feira, 25 de agosto de 2016

Assombração

Assombração
Cardosofilho

          Ficou conhecida como a “árvore do enforcado”. Uma enorme paineira, antiga, frondosa, crescida à beira de uma passagem de terra que ligava duas ruas ermas, suburbanas. O caminho teria não mais que cem metros, e durante o dia a utilizavam para encurtar a caminhada a pé. Carro não. E, de noite, ninguém arriscava. Aconteceu que, nela, havia muito anos, enforcara-se um moço em desespero de amor. Ele amava uma formosa mocinha, ela também o queria, mas a família da donzela se opôs ferozmente. Não era rapaz para aquela flor, criada com tanto zelo e carinho. Ela merecia algo muito melhor, sentenciaram, e ela foi incapaz de rebelar-se. Amava, mas renunciava pela família. Contavam que ele propôs que fugissem. Ela recusou a loucura. Seriam capaz de matá-la por tal atitude. Então, quis ele que se matassem. Tomariam formicida e morreriam abraçados, e assim caminhariam para a eternidade, onde, quem sabe, aquele amor fosse permitido. Seriam felizes assim, mas ela também não aceitou. Deus que a livrasse de tal pecado! O moço, em desespero pela perda de seu amor, comprou um pedaço de corda e sumiu de casa. Foi encontrado no outro dia, dependurado num galho da paineira.
          A tragédia ganhou a cidade, mil comentários surgiram, contavam isso e aquilo, a imaginação febril tecia narrativas delirantes, ela teria concordado com o suicídio por amor, mas, na hora final, desistira e não fora encontrar o namorado, e que o suicídio por enforcamento, pela aterradora dramaticidade do ato, teria sido a forma escolhida para puni-la pela traição. E que ele lançara uma maldição à moça, à sua família e à cidade toda, e ninguém sabia direito que maldição teria sido e o mistério adensou-se mais. Foi um passo para a paineira transformar-se na árvore do enforcado e se tornar mal-assombrada na crença geral. Diziam que passar por ali, à noite, era perigoso, podiam aparecer coisas, como a alma do moço suicida, que não descansava e penava no Além. E o caminho passou a ser evitado e a história transmitiu-se de geração para geração e virou lenda. Naquela altura, a mocinha formosa pivô do caso também já se fora, já mal lembravam seu nome, seria Jacira, outros diziam Jandira, ou Janira, e o que ficou mesmo de certo foi a árvore assombrada.
          Um dia, em roda de amigos, Vandão, Aldrovando no registro civil, bravateou que teria coragem de passar pelo caminho mal-assombrado, à noite. Vandão era sujeito corpulento, forte e brigão quando bebia. Sóbrio, era uma seda, brincalhão, bom companheiro, mas bastava exagerar no álcool, ou se o provocassem, que ele desandava. Evitavam convidá-lo para festas, porque era capaz de provocar encrenca por qualquer bobagem. Certa vez, acabara com um baile porque a mocinha de quem gostava recusou-se a dançar com ele, naquela altura um tanto embriagado. Vexado, avisou: “Pois então a mocinha pode pegar as tralhas e picar a mula, porque neste baile não dança mais”. Um familiar, sentado à mesa da mocinha, levantou-se para tomar satisfaçã, levou um sopapo e se esparramou sobre mesas e cadeiras. Foi um alvoroço, com muito custo contiveram Vandão, e precisou de uns dez, e o baile terminou ali mesmo.
Combinaram com ele o dia da proeza. Seria numa sexta-feira, às onze e meia da noite, dia e hora lúgubres e apropriados para o desafio. Um grupo iria com ele até o início do caminho e outro o aguardaria na saída. Vandão não tinha como recusar, embora, no íntimo, quem sabe amargasse algum arrependimento, mas, tido e havido como valente, e o era, não podia desistir do que dissera ser capaz de fazer. Ignorava, naturalmente, que os amigos lhe preparavam uma galhofa. Um terceiro grupo se postaria bem próximo da paineira, ocultado no mato, munido de latas vazias de cinco litros de querosene Jacaré e pedaços de pau, lanternas e um lençol branco.
          No dia combinado, seguiram eles, Vandão à frente um tanto calado, meio alheio à conversa geral. A noite era escuridão plena, sem lua, e no beco não havia iluminação. Na entrada, despediram-se dele, desejam-lhe boa sorte, que nada de mal lhe acontecesse, deram-lhe tapinhas nas costas para encorajá-lo, e ele partiu num passo algo hesitante. Embrenhou-se na escuridão e logo sumiu. Aproximava-se da paineira do enforcado. De repente, viu luzes piscando no matagal que margeava o caminho. Piscavam em vários pontos, pareciam diabos saltitantes. Um negócio meio louco, sem explicação. Ouviu um uivo medonho. Apressou o passo, já tomado de pânico. Súbito, explodiu um infernal barulho (eram as latas de querosene sendo furiosamente batidas com pedaços de pau). Em seguida, um vulto branco cruzou o caminho. Então Vandão disparou de vez, arrepiado até a medula, desesperado para atingir o fim da passagem maldita. Chegou ofegante, muito pálido, sem querer conversar, e os amigos que o aguardavam logo sentiram o cheiro do medo que ele exalava e, sob a luz mortiça de um poste, viram que suas calças estavam sujas. Contam que os autores da zombaria, receosos de revelar-lhe a armação, silenciaram, e o tenebroso episódio incorporou-se à lenda.


Agosto de 2016.

Estou perdida

Estou perdida
August 23, 2016
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Ariadne Zippin

Estou recebendo mais convites nas redes sociais do que normalmente recebo, tenho sido convidada para jantares quase todos os dias da semana. Qual o motivo? Meu Voto!

Não gosto de escrever sobre política, embora ela faça parte de nossas vidas, respeito o voto de cada um e suas escolhas, então poucas vezes discuto isso por meio de redes sociais. Alguns vão falar que eu devo me envolver mais, outros que não vale a pena, enfim, cada um sabe como agir e essa é a minha forma.

O que me fez escrever a respeito? Tive algumas grandes decepções com políticos paranaenses, um amigo do peito, idealista, batalhador, se jogou nas redes do governo e dormiu em berço esplêndido nem me reconhecendo mais nas ruas. Medo de que eu pedisse alguma coisa? Não sei mas fiquei com medo, penso que o cérebro de pessoas do bem, podem estar sendo reprogramado e quase totalmente adulterado, fazendo com que esqueçam de todos e de tudo e só enxerguem a vil metal.

Outros, sim, no plural, chegam de mansinho, como amigos, como papo mole de quero te conhecer e saber de suas ideias, gostaria de ouvir o que tem a dizer. Quando digo que pretendo ouvir dele antes, sou deletada e nossa amizade “eterna” se esvai.

Ah! Tem também aquela amiga do colégio, que você não vê desde o primeiro grau e aparece cheia de saudades. Te convida para jantar, no comitê é claro! Por que em todos estes anos ela não me convidou pra jantar na casa dela, em um barzinho, no boteco, no banco da praça? Aparece agora, como papo de que o tempo não passou! Passou sim! E aliás, você colava da minha prova.....ética ZERO!

Aparecem também os tementes a Deus, aqueles que usam as palavras do senhor em nome de uma vaga de vereador, sendo que até um ano atrás estava na umbanda e fazendo festa na casa do pai de santo. Não estou falando sobre religião, respeito a todas, mas não acho justo trocar de time só por que a torcida é maior!

Ai aparece o “vizim”, uma amigo dizendo que está ajudando um vizinho gente boa e que quer meu voto. Quem é o vizinho? Não quero saber onde mora, quero saber quem é? Suas escolhas, pensamentos, ideais, ética, propostas. Hummmm!  Propostas eu não sei, segundo meu amigo, a campanha está super sem dinheiro mas posso ver com ele se ajuda no seu combustível......WHATTTTTTTTT?????????????????????????? Quero que seu vizim, chegue perto de mim!!!!!!

Temos também as pessoas que amam animais. Eu amo animais! Cuido dos meus e dos demais, ajudo quando posso e isso desde pequena, aliás em fotos antiquíssimas de família, aquela pretas e brancas com marcas de bolor, sempre tem alguém agarrada em um animalzinho, seja gato, cachorro, cobra, coelho, enfim, o amor aos animais nasceram comigo. Desta forma vamos dar chance para a “nova melhor amiga” até o dia das eleições. O que? Ah, ela tem aviário? Cria canário? Quer liberar ou proibir justamente aquilo que a beneficia, huuummmm, mais uma deletada.

Ex político. Deletado! Mas ele era bonzinho. De gente boazinha o inferno está cheio. DELETADO!

Sou de extrema......DELETADO!

SOU, SOU, SOU, SOU!!!!!! No meu mais grandioso sonho egoico, não penso em ser 1 milésimo do que eles já acham que são. Imagine se forem eleitos!

Estou perdida. Tenho meu voto. É um só, eu sei, mas é meu. Devo honrá-lo. Não vou sortear, não vou leiloar, não vou doar e não vou estragar. Isto está definido.

Então por que estou perdida? Pois esse simples voto, não tem destino. Ainda não encontrou quem o mereça, ainda não encontrou quem o use em prol do bem maior.

Estou perdida, por não saber se até as próximas eleições eu terei alguém que realmente eu possa dar meu voto e sentir que fiz a coisa certa.

Posso garantir que só me senti pedida, quando me encontrei!

P.S: Queridos pretensos políticos poupem meu trabalho, se quiser tentar me engambelar, nem me adicione, assim não perco tempo te excluindo! Tenho dito!


Liberdade, tirania, insanidade e religião

Liberdade, tirania, insanidade e religião
Paulo Rogério Mudrovitsch de Bittencourt
No fim da década de 1990, passeando pelo sul da Escócia em um intervalo de congresso, uma eslovena tentou convencer a mim, croata, que a guerra da Iugoslávia era o início da 3ª Guerra Mundial, a ser travada entre islâmicos e ocidentais. Hoje, o Papa Francisco não só usa esta equação frequentemente em seu discurso, como toma atitudes muito claras nesta direção. Dialoga com seus pares judeus e ortodoxos, e faria o mesmo com um líder islâmico se houvesse um interlocutor definido. Tem a confiança e obtém resultados de negociações com agnósticos e ateus com facilidade espantosa, como as famílias Obama, Clinton e Castro.
Há poucos anos coloquei este assunto em um artigo breve (Gazeta do Povo, referência perdida!) e outro completo (A Liberdade e Tirania, passando por Mill, Berlin, Gray, Obama e Maomé. Iátrico (CRMPR) 31:15-17, 2013). Assim como meu livro Fora da Casinha, estas ideias previram e explicam em parte o caos atual do confronto com os islâmicos. Mas precisam uma revisão para acomodar fenômenos como Donald Trump, o Brexit e a invasão da Europa pelos imigrantes.
Alguns eventos podem provocar uma emoção descrita em inglês como “baffling”, do verbo “baffle”, originado do provençal ou francês antigo, da sensação de perplexidade que atingiu Hillary Clinton quando o embaixador americano foi morto em Benghazi em 2012. A mesma sensação criada pelo filme sobre o Profeta divulgado na Califórnia logo em seguida. Líderes islâmicos demoraram para resolver se orientavam seus pupilos a atacar ou protestar nas ruas.
Em um artigo publicado na BBC em 2012, John Gray conta que Isaiah Berlin ficou baffled quando, menino, testemunhou um policial ser preso por revolucionários depondo a monarquia russa em fevereiro de 1917. O policial estava apavorado, apesar da revolução ter sido alegre, como foi a primavera árabe em 2011. No fim de 1917 viria o golpe bolchevista. Isaiah Berlin desenvolveu uma aversão definitiva à violência, apesar de ter se mudado para Oxford, e de ter vivido em paz o resto de seus dias. John Gray relata que próximo ao fim ele ainda contava a mesma história com frequência. Ambos são historiadores de ideias.
Muitos filósofos do século XX criaram uma associação de ideias de liberdade com democracia, de maneira que quando um ditador é derrubado segue um governo mais democrático, e maior liberdade permeia a sociedade. Esta é a ideia que fez governos ocidentais exportarem seus modelos políticos para Iraque, Afganistão, Líbia. Como soviéticos, católicos e outros fizeram no passado. John Stuart Mill, na época vitoriana, sabia que a liberdade pessoal começaria a encolher quando os governos expressassem o desejo da maioria, ao invés da minoria aristocrática, como era o caso no século XIX. O afilhado de Mill, Bertrand Russell, morrendo aos 98 anos no seu País de Gales em 1970, chocou muitos ao observar que a Grã-Bretanha do pós-guerra era mais democrática que o país vitoriano de sua infância, mas as liberdades pessoais eram menores. No artigo publicado no site da BBC em agosto de 2012, John Gray conclui que para Mill, Russell e ele mesmo, democracia é uma coisa e liberdade, outra. Fora de moda, mas correto.
Gray pondera que os mais velhos pensavam que liberade era uma falta de restrição sobre como a pessoa pode agir. Uma ausência de obstáculos para viver como escolher. Nesta visão, a liberdade é a segurança para a pessoa exercer sua diversidade de objetivos e valores. Se liberdade é vivermos como quisermos, não só tiranos ficam no nosso caminho. Governos fracos, instituições falidas, conflito étnico, crime organizado, tudo incomoda. No México atual e na Colômbia dos anos 80, os cartéis de drogas. Nos Balcãs dos anos 90 as milícias étnicas ligadas ao crime organizado. Um estado de quase anarquia ameaçou a liberdade pessoal mais que a tirania. Em outros casos, é o fundamentalismo. No Iraque hoje não existe mais liberdade pessoal do que no tempo de Saddam Hussein, para mulheres, gays ou minorias religiosas.
John Gray diz que os ocidentais erram quando acham que os problemas islâmicos são uma fase; ignoram que o continente não atingiu estabilidade 150 anos após o início do colapso das monarquias europeias. A extrema direita cresce e democracias tóxicas nacionalistas e xenofóbicas estão emergindo na Grã-Bretanha, França, e mesmo em países das dimensões continentais como EUA, Rússia, Turquia e Brasil.
O pensamento liberal de que a liberdade faz parte da condição natural humana, e que só tiranos a estragam foi abalroado pela realidade recente, que mais uma vez indica que quando um tirano é derrubado, não se sabe o que vem depois, pode ser pior. Isaiah Berlin veio da Rússia dos czares; já sabia que tiranias monárquicas eram contos de fadas perto do bolchevismo. Obama e Clinton usaram e liberdade intelectual para entrar no jogo da violência islâmica; apostaram no baffling, na perplexidade. ONGS colocaram propagandas conflitantes nos EUA, nos domínios de radicais islâmicos e até no Waziristão. Colaram cartazes em postes, colocaram filmes nas TVs. Um negro e uma loira sexagenária, dois tipos de seres que eles desprezam profundamente mataram Bin Laden, e foram soltando os terroristas de Guantanamo. Líderes muçulmanos começam a pedir calma nos protestos, perceberam que vão ser tachados de malucos e fechados em um imenso curral de loucos, como estão a Síria e o Iraque, se todas as representações ocidentais se retirarem. O Ocidente tentou dar um nó na cabeça dos árabes fundamentalistas.  Iranianos e sauditas foram se acalmando. Obama martela que existe tolerância religiosa nos USA, mas não por violência.
Após o trágico Bush, Barack marcou posição numa linha de tiro de flecha de Kennedy a Bill Clinton aos nossos dias, o Bolt da política mundial. Mais cerebral e marcante. Até os ternos de 2 botões colocou em moda. A esperança é que esta capacidade da liberdade de produzir figuras produtivas para o bem geral impeça a prevalência da insanidade da tirania. Alguns imaginam que Michelle Obama venha a ser presidente quando suas filhas estiverem na universidade. Diferentes conceitos de liberdade estão em conflito. Uma opção é bater na tecla da lucidez, e se negar a aceitar que possa existir uma guerra entre malucos, por uma ideia alucinatória, utilizando armas reais.
Leia mais no
Fora da casinha: um ensaio sobre a história da ideia da loucura 1ª edição - ebook
Fora da casinha: uma análise histórica da loucura 2ª edição – livro (55 41 32228801; www.dimpna.com )

A Raposa e as Uvas

Para pensar – é normal agirmos assim.
Bertrand Russell já dizia, repetindo o que muitos outros filósofos antes e depois dele afirmaram, a principal característica do ser humano é a inveja:

A Google coletou imagens e textos, vema, pensem, é só clicar




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