segunda-feira, 29 de junho de 2020

terça-feira, 16 de junho de 2020

Quintal - microcosmo: As aves que aqui gorjeiam (14/6/20)



São tempos do caos-covid-pandemia.
Infecção global, ameaça invisível.
Atento, vivo modo tangível.
Aprecio, natureza, a harmonia.
As aves que aqui gorjeiam,
Pipilam aqui e acolá.
Tilreiam, vivas, natural euforia.
Ignoram a humana pandemia.
Pertencem ao todo, ao particular.
Capto suas imagens no quintal,
Grande, pequeno, tem vário animal.
Vão, vêm, pássaros aqui flanar.
Gostam, tem pêssego, ameixa, pera, limão-rosa, mimosinha,
Laranja, pitanga, amora e figo
O dia inteiro, de manhã à tardezinha,
Tem bicho fuçando, bicando, quase amigo.
As aves que aqui gorjeiam são
O sabiá, o joão-de-barro, jacu, tiê preto, bem-te-vi,
Tem saíra, pica-pau, urubu, curucaca, guaxo, gavião,

sábado, 13 de junho de 2020

VIVENDO EM PANDEMIA*

VIVENDO EM PANDEMIA* 

Jadson Porto, 10/06/2020.

Em uma conversa na academia
Sob "lives", palestras e aulas que teria
Vidas, rotinas, relações que se discutia
Em quarentena, corpos que se distancia.

Em uma conversa, Platão já dizia:
"Acontecimento que toda população alcançaria".
Que expressão essa seria?
Ele a chamou de pandemia.

Nova rotina, então se criaria
Assistir filmes, jornais e debates de maestria
Adaptar à quarentena, então, deveria!
Com máscaras e álcool conviveria.

Toques corporais não os teria
Reuniões virtuais compareceria
Ao restaurante, não mais iria
Somente comida por aplicativo pediria.

Articular ideias em pensamentos, artigos ou em poesia
Permanecer em isolamento social físico, deveria.
Mas aproximações virtuais deles não me separaria.
Em breve reencontraremos e nos abraçaremos, um dia...

Como isso aconteceu? Quem me explicaria?
Foi um vírus, Covid 19 se chamaria
Praga que a todos atingiria
Dela ninguém escaparia.

Criado em laboratório ou evolução seria?
Não importa mais Aprender a conviver com ela, é o que importaria.
Pois, agora pelo mundo se propagaria.
Milhões de infectados e mortos haveria.

Com outros vírus e doenças, já se convivia.
Chegou a Covid, tudo mudaria
Mesmo em isolamento, isolado não estaria
Afastado talvez, mas vivendo em pandemia.


quinta-feira, 4 de junho de 2020

Não use máscaras


 
Não use máscaras

Antes de reclamar, leia o texto

Desde que a quarentena começou, eu tentei ficar o máximo em casa.Eu já tinha esse hábito de sair o mínimo possível entao não foi uma mudança tão drástica.

Precisei sair, por motivos pessoais sérios e me deparei com um mundo novo ou melhor com um mundo real, infelizmente.

O mundo está triste, as pessoas nos olham com medo, como se oferecessemos algum perigo, que de fato podemos oferecer, mesmo sem saber.

As máscaras nos deixam sentir um mundo mais melancólico pois não vemos o sorriso, não vemos o movimento facial e não vemos as pessoas.

Parada em uma rua observando o fluxo, me deparei com uma realidade pouco percebida por nós.USAMOS MÁSCARAS O TEMPO TODO mas elas eram invisíveis!

Sorrimos quando tristes.
Passamos batom para seduzir ou nos colorir e animar.
Não queremos que o outro nos veja como realmente somos.
Tentamos usar máscaras invisíveis por meio de palavras.
Já estamos habituados a isso e nem percebemos.
Quando percebemos nos machucamos.

O que está deixando o ar pesado e a tristeza é que por um lado estamos sendo obrigados a ver, com os olhos, o que nossa alma sempre soube.Usamos máscaras o dia todo!

Entramos em casa, fazemos a todo ritual de descontaminação mas esquecemos de tirar a máscara virtual.
A cada dia que passa, no isolamento, vamos descobrindo mais um pedacinho de nós, tirando um pouquinho dessa máscara, afinal estamos sozinhos.

Por um lado é salutar tirarmos a máscara mas por outro muitas vezes nos deparamos com alguém no espelho que nem sabemos mais quem é.
Ai vem a tristeza ou a depressão ou o medo ou o susto ou a ansiedade ou o nervosismo.
Estamos sozinhos em casa com alguém que não conhecemos mais!

Vamos as ruas e a sensação de usar a mascara acaba ficando de certa forma até confortável.
Não nos preocupamos com o mau halito, nem com o buço, nem com o sorriso e nem mesmo as palavras.

Sorte de quem consegue ver as pessoas por meio do olhar.

Desejo que tenhamos coragem para nos despir e tenhamos um mundo com mais máscaras de pano e menos máscaras na alma.

Ariadne Zippin
...

“É preciso saber viver”

“É preciso saber viver” 
Por Elisa Monticelli 

Por Elisa Monticelli



Mais do que nunca, é preciso, sim, saber viver. Mas e aí?
que a vida espera de mim?
Pode ser que estejamos costumados demais em perguntar  
“o que esperar da vida?”
E te digo: NADA! Não nascemos para esperar a
go da vida, e sim para vivê-la.
Como diria Viktor Frankl, viver é arcar com a responsabilidade
de responder adequadamente às perguntas da vida, através do cumprimento
das tarefas colocadas por ela a cada um de nós.
Ou seja, a vida pede AÇÃO. Mas, e agora com essa tal de quarentena?
Ora, ora, a vida é dinâmica, meu caro leitor, e a cada hora
 a cada um de nós ela pede algo.
 O que ela pede de você gora? Ah, Elisa, sei lá, não escuto nada, só vejo o caos se
formando lá fora...estou preocupado demais, estou com edo futuro...

e parece que ainda vai piorar né? Será o apocalipse? Pode ser que sim,
mas pode ser que não.
Tudo muda o tempo todo no mundo”. Pergunte, silencie  escute.
Ao perguntar, lembre- se de estar pronto para gir, pois sim, certamente ela lhe pedirá uma ação.
Então aprume- se e pergunte. Pergunte realmente desejando
uvir a resposta: VIDA, O QUE VOCÊ ESPERA DE MIM?
Eu não tenho como adivinhar o que ela lhe pedirá, mas a
mim ela respondeu “deixe o seu coração falar”. Confesso
 que meu primeiro impulso foi devolver com outra pergunta
- “como?” - ela me sorriu e ainda respondeu:
“apenas faça”. E aqui estou eu. Do meu coração ao seu coração.
n.a.: Respire profundamente 3 vezes, pergunte
e solte-se da necessidade de ter a resposta no seu tempo.
 Esteja atento, sem ser marrento; a vida é sábia.
Concentre-se no bem, e lembre que, o discernimento mora no silêncio.


* Elisa Monticelli é consultora em melhoria de processos e escritora.

GRATIDÃO OS HEROIS DA PANDEMIA