quarta-feira, 30 de agosto de 2017

Propriedade - propriedade intelectual - Humanidade refém de Centros de Pesquisa e Industriais

Crise

Crise
Começa o mal - estar.
Uma adrenalina a mais.
Sem motivo aparente,
a vida atávica ataca sorrateira.
Ansiedade ávida
de consumir vida, consumindo ar.
Cabeça girando,
gerando receio, matando o sono...
Frustrado o sonho,
sondo a imaginação.
Não funciona.
Hora sexta!
Seca - me a boca.
Foge -me o estômago.
O âmago do ser entra em órbita,
misturando pensamentos
que , desordenados, teimam 
em gerenciar o caos...
Não lamentarei a crise
nem o furor dominará meu ser.
Minh'alma ancora -se
no único fundamento razoável -
o Cristo!

Regina Simões 


quinta-feira, 24 de agosto de 2017

Lançamento do livro Negros Pensadores do Brasil

Noel Rosa versus Wilson Batista

Noel Rosa versus Wilson Batista
Cardosofilho

Nos anos 1930, houve uma polêmica musical protagonizada por Noel Rosa, na época já consagrando compositor de sambas, e o iniciante Wilson Batista, que viria a ser reconhecido como tal na década seguinte. Arrisco dizer que poucos conhecem essa história e haverá entre os mais moços quem até desconheça quem foram eles. É lamentável que seja assim. A memória popular esquece com facilidade, ajudada nesse olvidamento pelo desaparecimento das emissoras de rádio que transmitiam boa música. Também as de televisão prestam hoje esse desserviço. Mostram quase só lixo. Um exemplo: o programa dominical do Faustão. Exceções nesse panorama desolador são as poucas emissoras de rádio e TV de caráter educativo, infelizmente de pouca audiência.
O que foi essa polêmica musical? Tomei conhecimento da história na primeira metade dos anos 1950. Creio que por volta de 1955 (os historiadores do ramo afirmam que o disco foi lançado em 1956, mas suponho haver engano). O LP (capa estampada acima) de dez polegadas, o ouvi a ponto de decorar todos os sambas nele gravados. Havia em nossa casa, na rua Chile, uma sala de música, conjugada à de visitas. Foi a única sala doméstica reservada para esse fim que conheci ou de que ouvi falar. Talvez fosse moda nos anos 1950, não sei. Ia para lá, punha os discos na radiola e me deliciava com as canções de Francisco Alves, Dalva de Oliveira, Aracy de Almeida, Ângela Maria, Nora Ney etc. Ou Frank Sinatra, Perry Como, Bing Crosby, Beniamino Gigli, Tito Schipa e outros. Era nessa sala que minha irmã Dora gostava de dançar ao som de “A Dança dos Sabres” ou de músicas de filmes americanos, e rodopiava em coreografias inspiradas nas fitas a que assistia nos cinemas. A cena rememorada agora, sob a luzes do que o futuro lhe reservaria, permanece envolta em beleza, mas ganha tons dramáticos e cruéis. Mas sobre essas coisas já escrevi em outro momento.
A polêmica começou em 1933, quando Wilson Batista compôs “Lenço no Pescoço” (Meu chapéu de lado/ Tamanco arrastando/ Lenço no pescoço/ Navalha no bolso...), em que louvava ser malandro e vadio. A resposta de Noel teve, segundo contam, motivos amorosos. É que Wilson Batista teria roubado uma namorada de Noel, uma dama da Lapa boêmia, e o samba “Rapaz Folgado” foi a vingança (Deixa de arrastar o teu tamanco/ Pois tamanco nunca foi sandália/ Tira do pescoço o lenço branco/ Compra sapato e gravata/ Joga fora essa navalha/ Que te atrapalha...).
Wilson Batista reagiu com “Mocinho da Vila”, em 1934 (Você, que é mocinho da Vila/ Fala muito em violão/ Barracão e outros fricotes mais/ Se não quiser perder o nome/ Cuide do seu microfone/ E deixe quem é malandro em paz...). O microfone apareceu no samba em alusão ao fato de que, na época, Noel Rosa já frequentava as rádios apresentando suas composições musicais. Consta que Noel ignorou a resposta e fez outros sambas. Um deles, em parceria com Vadico, não tinha relação com a polêmica e desde logo tornou-se um clássico: “Feitiço da Vila” (Quem nasce lá na Vila/ Nem sequer vacila/ Ao abraçar o samba/ Que faz dançar os galhos/ Do arvoredo/ E faz a Lua nascer mais cedo...). O samba era em homenagem à Vila Isabel, bairro carioca do poeta. Wilson Batista, ainda sem expressão na música popular brasileira, aproveitou para provocar Noel e, assim, promover-se. Lascou-lhe “Conversa Fiada”, composição de 1935 (É conversa fiada/ Dizerem que o samba/ Na Vila tem feitiço...). Noel rebateu com “Palpite Infeliz”, também de 1935 (Quem é você que não sabe o que diz/ Meu Deus do céu, que palpite infeliz...).
Parecia terminada a polêmica, mas Wilson Batista apelou com o samba “Frankenstein da Vila”, em que aludia à feiura de Noel Rosa por um defeito no queixo que lhe ficara do nascimento com o auxílio de fórceps (Boa impressão nunca se tem/ Quando se encontra um certo alguém/ Que até parece o "Frankenstein"...). Noel não respondeu. Segundo alguns, ele até achou graça, mas houve quem afirmasse que não foi bem assim. Ter-lhe-ia doído fundo, a ponto de chorar na mesa de um café, na presença de um amigo.
Wilson Batista viria com mais um samba: “Terra de Cego”, de 1936 (Deixa essa mania de bamba/ Todos sabem qual é/ O teu diploma no samba/ És o abafa da Vila, eu bem sei/ Mas na terra de cego/ Quem tem um olho é rei...).
No disco, aparece ainda o belo samba “João Ninguém”, de Noel (João Ninguém/ Que não é velho nem moço/ Come bastante no almoço? Pra se esquecer do jantar...), mas que não fez parte da polêmica musical.
Terminaram amigos. Noel faleceria de tuberculose, em 04.05.1937, e Wilson Batista viveu até 07.07.1968, confessando-se admirador do poeta da Vila.
O LP virou relíquia de colecionadores. Ainda bem que se pode ouvi-lo na internet, por meio do YouTube. Vale a pena. Contém antológicos sambas. A mim, além do prazer musical, me transporta para a sala em que eu, menino de calças curtas, aprendia a apreciar a boa música popular brasileira.

Agosto de 2017.

sábado, 19 de agosto de 2017

CRÔNICAS E ARTIGOS NÃO PUBLICADOS EM JORNAIS E REVISTAS - Francisco Souto Neto. : O sucesso da 1ª LITERATIBA por Francisco Souto Net...

CRÔNICAS E ARTIGOS NÃO PUBLICADOS EM JORNAIS E REVISTAS - Francisco Souto Neto. : O sucesso da 1ª LITERATIBA por Francisco Souto Net...: Coautores de "O Sangue dos Vampiros". PORTAL IZA ZILLI - O maior portal de comunicação social do Paraná - Iza Zilli ...





O sucesso da 1ª LITERATIBA por Francisco Souto Neto.

Coautores de "O Sangue dos Vampiros".

PORTAL IZA ZILLI
- O maior portal de comunicação social do Paraná -

Iza Zilli

 
Comendador Francisco Souto Neto 

O sucesso da 1ª LITERATIBA

Francisco Souto Neto

Dia 12 do corrente realizou-se no Memorial de Curitiba a 1ª LITERATIBA, um acontecimento literário que teve a finalidade bem sucedida de aproximar leitores, editoras, autores e profissionais do livro. A LITERATIBA foi organizada pelo grupo Mecagon Eventos, de Valter Cardoso e Gustavo Brasmann.

O evento abrigou alguns painéis que foram realizados no palco do Teatro Londrina e que se apresentaram a cada hora, das 11:00 às 18:00 horas. O primeiro deles foi “A importância das HQs na Formação de Leitores”, por Adriano Siqueira.

Foto 1 – Aspecto do Memorial de Curitiba

Tive a oportunidade de assistir a apenas um desses painéis, quando envolveu a Academia de Letras José de Alencar, de Curitiba, que se apresentou sob o tema “O Papel de uma Academia Literária no Século 21”. Falaram os acadêmicos Arioswaldo Trancoso Cruz, Tânia Rosa Ferreira Cascaes, Vera Rauta e Lílian Guinski, que foram muito aplaudidos.



Fotos 2, 3 e 4: Arioswaldo Trancoso Cruz, Tânia Rosa Ferreira Cascaes, Vera Rauta e Lílian Guinski.

Ao final do painel com os membros da Academia, o jovem Rafael Golob subiu ao palco e prestou uma comovente homenagem à memória de Mustafá Ibn Ali Kanso, de quem era aluno. Mustafá era um meu querido amigo, recentemente falecido. 

Foto 5 – Adriano Siqueira, Rafael Golob, Eduardo B. S. Silveira. No cartaz, alusão ao saudoso Mustafá Ibn Ali Kanso.

O grande saguão do Memorial, que tem o nome de Praça do Iguaçu, foi ocupado por escritores que expunham e vendiam seus livros. Eu tive uma participação indireta na LITERATIBA porque ali foram lançados alguns livros dos quais participei, num deles – uma coletânea – como coautor, e em dois outros como prefaciador.


Foto 6 – "O Sangue dos Vampiros".

A mencionada coletânea foi organizada por Adriano Siqueira, com o título de “O Sangue dos Vampiros”, que teve como participantes Adriano Siqueira, Bianca Luna, Dione M. S. Rosa, Eduardo B. S. Silveira, Francisco Souto Neto, Mustafá Ibn Ali Kanso, Rubens Faria Gonçalves e Valter Cardoso. A capa tem a imagem da modelo Isabelle Aguilar que interpreta a personagem Vampirelle.

Foto 7 – A personagem Vampirelle (Isabelle Aguilar) apresentando o livro.

Foto 8 – Os coautores: Dione Souto Rosa, Bianca Luna, Francisco Souto Neto, Adriano Siqueira, Rubens Faria Gonçalves, Valter Cardoso e Eduardo B. S. Silveira.

Abaixo, os livros dos quais participo como prefaciador são “A Prosa Gótica de Álvares de Azevedo em Noite na Taverna”, e “Naga”, ambos de Dione M. S. Rosa.


Foto 9– “A Prosa Gótica de Álvares de Azevedo em Noite na Taverna”, e “Naga”. 

Mais algumas fotografias da LITERATIBA feitas por Rubens Faria Gonçalves:


Foto 10 – João Carlos Cascaes filmando.


Foto 11 – Rubens Faria Gonçalves, Bianca Luna, Francisco Souto Neto e Dione Souto Rosa.


Foto 12 – Rubens Faria Gonçalves e Isabelle Aguilar.


Foto 13 – João Carlos Bonat, Rossana Souto da Rosa, Francisco Souto Neto.


Foto 14 – Rubens Faria Gonçalves, Francisco Souto Neto, Noilves Araldi, Josane Cavallin, Dione Souto Rosa.


Foto 15 – Uma performance.


Foto 16 – Isabelle Aguilar e Fábio Chibilski.

Foto 17 – Guilherme Confortin e Isabelle Aguilar.


Foto 18 - Amauri Nogueira e Noilves Araldi.

Senilidade

Assunto: Acróstico- senilidade
 
S enilidade não há na minha mente
E xiste só energia e compreensão
N ão obstante fraqueza  é somente
I nspiração ao acordar e pensar então
L embrar que a velhice já foi semente...

Celso Portugal

quinta-feira, 17 de agosto de 2017

Histórias de outra Curitiba

Histórias de outra Curitiba
Cardosofilho
Narro-lhes caso bastante antigo. Varou os anos, contado de uma geração a outra, como de comum acontece, até que o viúvo do Cristo Rei o trouxe a mim.  A casa em que tudo se passou já não existe, assim como desapareceu a Curitiba de então. Existiu, na avenida João Gualberto. Um daqueles majestosos casarões que o progresso devorou sem piedade para abrir espaços a edifícios. Acomodem-se, pois, amigos, e vamos a ele.
Um cidadão costumava passar a pé em frente dessa morada, imponente mansão antecedida de amplo e verdejante jardim. Apanhava o bonde próximo dali. Certo dia, na volta ao trabalho depois do almoço, e seria uma hora da tarde, divisou no jardim uma menina loira, de pele clara como leite, a brincar num balanço, e seus longos cabelos dourados agitavam-se ao vento e ela sorria feliz. Uma encantadora menina, considerou o homem, e a cena o encheu de ternura. Viu-a outras vezes a balançar-se e, numa oportunidade, não resistiu e acenou-lhe, e ela graciosamente respondeu. A partir de então, sempre que a encontrava brincando no jardim, a cumprimentava com o aceno de mão e ela o retribuía com um sorriso.
Passar em frente ao casarão converteu-se para ele em imposição sentimental. Sentia falta se não a via. A criança, tão bela, e se diria na época, mui grácil, por alguma razão inexprimível o comovia. Acontecia de dia ou outro não vê-la, e ele contemplava com uma ponta de tristeza o balanço vazio. Mas ela reaparecia no dia seguinte e a rotina de acenos se retomava e o fazia feliz. Veio a ideia de presenteá-la. Coisinha simples, um agradozinho, e considerou adequado uma caixa de bombons. No dia seguinte, com a caixa de doces embrulhada em papel cor-de-rosa e amarrada com fita, dirigiu-se à frente do casarão ansioso para entregar o presente e conversar um pouco com ela, e lhe perguntaria o nome e diria o seu, e assim deixariam de ser conhecidos apenas de vista e passariam a ser um pouco amigos. Mas não a encontrou. Lamentou-se algo frustrado, mas faria a entrega no outro dia. No dia seguinte, também não a viu no jardim. Aborrecido, caminhou para o ponto do bonde. Animou-se, contudo, pensando que amanhã, com certeza, ela estaria lá.
Ela não reapareceu nos dias seguintes. Talvez estivesse doente, e a possibilidade o entristeceu. Os dias seguiram-se sem novidade. O que teria havido?, ele se perguntava, com a preocupação que fazia pouco sentido, pois ela continuava a ser para ele uma menina quase estranha, cujo único vínculo a ligá-los era o de se verem de longe, ele na calçada e ela no balanço do jardim, e a troca de acenos. Nada além. Mas o sumiço o instigou e ele decidiu perguntar. Assim fez. Penetrou no largo jardim, avançou por um caminho de pedras escuras margeado por arbustos e flores, chegou à maciça porta de entrada, ainda guarnecida por uma aldrava de bronze, e apertou a campainha. Por trás da porta, o silêncio. Acionou de novo a campainha. Ouviu, por fim, ruídos vindos do interior da casa. Abriu a porta uma senhora já idosa, e ele presumiu que tivesse mais de setenta anos. Explicou rapidamente o que o levava a incomodar a senhora. Queria notícias da menina que costumava brincar no balanço do jardim e também lhe entregar pequeno presente. A senhora o fitou de modo estranho. Havia aturdimento em seus olhos. Não, não, enfatizou, não havia nenhuma menina ali. Certamente tratava-se de engano. O espanto agora era dele. Como não havia, se ele a encontrava quase diariamente brincando no jardim? A senhora repetiu a informação. Ele estava equivocado, não insistisse, por favor, e, assustada, fez menção de fechar a porta. Ele persistiu, e a descreveu para a senhora, era uma garota linda, de pele e cabelos muito claros, que lhe acenava sorrindo a divertir-se no balanço. Diante do insólito da situação, a senhora arriscou permitir que o estranho, quem sabe maluco, entrasse na casa. Pediu que a acompanhasse. Caminhou por uma espaçosa sala mobiliada com móveis pesados, escuros e antigos, de beleza algo decadente, e os sofás revelavam no desbotado do veludo a ação dos anos. Dirigiram-se para uma segunda sala, na qual havia uma lareira. Encimava a lareira uma base de mármore, sobre a qual repousavam vários porta-retratos ostentando fotografias amarelecidas. Ela parou, virou-se para ele e pediu-lhe que olhasse as imagens. Ele o fez, uma a uma. De repente, a menina! Sim, não havia dúvida, era ela! Um arrepio o percorreu. Com o dedo indicador, apontou para a fotografia envelhecida e disse à senhora: “É esta a menina”. A senhora empalideceu, os lábios lhe tremeram, sentiu uma espécie de vertigem e teve de apoiar uma das mãos na lareira. Era muito difícil continuar a conversa, que enveredara pelo absurdo. Passados alguns segundos de estupor, reuniu forças e respondeu: “Essa menina, meu senhor, era a Eugênia e faleceu há mais de trinta anos”. Não era possível acreditar, foi o pensamento que ocorreu a ele. Havia alguma coisa muito errada em tudo aquilo, talvez algo que a senhora queria ocultar. Morrido como? Que história era aquela? Estaria louco?, insistiu. Ela lhe repetiu, com a fala titubeante e os olhos se enchendo de lágrimas, que Eugênia morrera havia mais de trinta anos, de tifo. Que era o que podia dizer, e o mais lhe fugia à compreensão. E assombrada pelo caso e amedrontada pela presença daquele homem e sua história fantástica, pediu-lhe que, por favor, se fosse. Ele quis perguntar mais sobre Eugênia, empurrado por aterradora curiosidade, mas a senhora repetiu-lhe “Por favor”, com ênfase que eliminou qualquer possibilidade de a conversa prosseguir. Contemplou mais um pouco a linda menina da foto, confuso e emocionado, virou-se lentamente e caminhou para a  saída. Antes que a pesada porta se fechasse atrás de si, ouviu a senhora pedir-lhe que não retornasse. Assentiu com leve meneio da cabeça e caminhou pelas pedras escuras em direção ao portão, vergado pelo enigma que lhe desafiaria o entendimento pelo resto de seus dias.

Agosto de 2017.

 

FRANCISCO SOUTO NETO em VOZES DO PARANÁ 9: As fotos publicadas e as não publicadas.

FRANCISCO SOUTO NETO em VOZES DO PARANÁ 9: As fotos publicadas e as não publicadas.


Aroldo Murá e Francisco Souto Neto cumprimentando-se no lançamento de VOZES DO PARANÁ 9.

Comendador Francisco Souto Neto

Em VOZES DO PARANÁ 9:
as fotos publicadas e as não publicadas

Francisco Souto Neto


Eu continuo comentando “VOZES DO PARANÁ” Volume 9, no qual o autor, o jornalista Aroldo Murá, discorreu sobre os traços biográficos de 21 personagens que compõem a obra. No meu caso, o celebrado jornalista contou, na minha entrevista, com o apoio do jovem jornalista Rodrigo de Lorenzi. O resultado das palavras a meu respeito me surpreenderam muito, porque minha impressão foi a de ter a alma captada pelos amigos entrevistadores de um modo como eu nunca antes imaginara possível. Eles me interpretaram com senso de observação profundo e sincero.

Além disso, eu me senti muito honrado em participar de uma coleção que tem, desde já, o poder de u’a máquina do tempo, carregando em seu bojo a personalidade daqueles que ali figuram, em direção a pesquisadores de um futuro remoto.

Para os meus leitores, hoje eu vou colocar aqui as fotografias que foram publicadas no meu capítulo, na ordem em que lá se encontram. Em seguida mostrarei as páginas do livro abertas de duas em duas, para que se possa ver como as referidas fotos foram intercaladas nos textos. Finalmente, vou anexar as fotografias que não entraram nas páginas do livro porque eram em número excessivo. É claro que, sendo muito numerosas, não poderiam ser incluídas.

Abaixo, em primeiro lugar, as fotografias do meu acervo pessoal que foram publicadas.


As fotografias publicadas em VOZES DO PARANÁ 


Foto 1 – A família em Ponta Grossa, em 1951. Em primeiro plano, Francisco Souto Neto. Página 150.

 
Foto 2 – Souto em 1951, com o gato Juju. Página 151.

 
Foto 3 – Residência da família, em Ponta Grossa. Página 151.

 
Foto 4 – O irmão Olímpio ouvindo disco de Jane Froman. Página 151.

 
Foto 5 – A irmã, Ivone Barbosa Souto. Página 151.

 
Foto 6 – Francisco Souto Neto aos 16 anos de idade. Página 151.

 
Foto 7 – Souto em frente à tela “Grupo dos Onze”, de Alcy Xavier, da Coleção Max Conradt Júnior [Souto aparece na tela ao lado direito superior, na forma de um quadro na parede, ao lado do quadro de Carlos Antonio de Almeida Ferreira, presidente do Banestado. Ao lado esquerdo superior da tela, também na forma de um quadro na parede, está René Dotti]. Páginas 152 e 153.

 
Foto 8 – Francisco Souto Neto recebe Adalice Araújo e examinam cadernos mensais do Jornal do Paraná. Página 154.

Foto 9 – Reunidos os cinco críticos de arte de Curitiba: Orlando Dasilva, Adalice Araújo, Francisco Souto Neto, Nilza Procopiak e João Henrique do Amaral. Página 154.

 
Foto 10 – Souto e o amigo Rubens Faria Gonçalves [vendo o Sol da Meia-Noite] no Cabo Norte (Noruega). Página 154.

Foto 11 – Membros da Academia de Letras José de Alencar. Souto Neto ocupa a cadeira patronímica nº 26, de Emiliano Perneta. [Na foto: Dione Mara Souto da Rosa, Francisco Souto Neto, João Carlos Cascaes, Anita Zippin, Rubens Faria Gonçalves, Tânia Rosa Ferreira Cascaes, Hamilton Bonat, Celso de Macedo Portugal]. Página 155.

Foto 12 – Inauguração do VI Salão Banestado de Artistas Inéditos [Carlos Antonio de Almeida Ferreira, René Dotti, Francisco Souto Neto, Vera Munhoz da Rocha Marques e Rosane Fontoura]. Páginas 156 e 157.

 
Foto 13 – Em caricatura de Rubens Gennaro, Souto é mostrado como um mecenas da arte e da cultura. Página 156.

 
Foto 14 – Francisco Souto Neto em caricatura de Cláudio Seto referente aos Salões Banestado de Artistas Inéditos. Página 156.

 
Foto 15 – Notícia sobre a inauguração do Museu Banestado. Página 157.

 
Foto 16 – A mãe, Edith, em 1981, com seu chihuahua Quincas Little Poncho. Página 158.

 
Foto 17 – O Visconde de Souto, trisavô de Francisco Souto Neto, em detalhe de óleo sobre tela de A. R. Duarte (1890), acervo da Beneficência Portuguesa, Rio de Janeiro. Página 159.

Foto 18 – Souto usando sua comenda, com seu chihuahua Paco Ramirez. Página 160. 

Adiante, fotografias das páginas abertas de duas em duas, de 146 a 161, nas quais pode ser observada a bela diagramação do livro. 

A capa de VOZES DO PARANÁ 9 com os nomes dos homenageados:

A capa da obra de Aroldo Murá com os 21 personagens relacionados. 

As páginas abertas, de 146 a 161

*








*
Abaixo estão as restantes das quarenta fotografias que foram enviadas em à editora, mas que na seleção final não entraram na obra por excederem o espaço destinado às ilustrações. 

Abaixo, as fotos que não puderam ser publicada por falta de espaço no livro:


Foto 19 – O pai Arary Souto em 1957. 

Foto 20 – A mãe Edith Barbosa Souto em 1957.

Foto 21 – A mãe Edith Barbosa Souto em 1974 com o chihuahua Quincas Little Poncho. 

Foto 22 – O irmão Olímpio e a cunhada Aparecida (década de 80). 

Foto 23 – A irmã Ivone e o cunhado Dulci (década de 90). 

Foto 24 – Francisco Souto Neto em 1989, aos 46 anos de idade. 

Foto 25 – Retratos dos ex-presidentes do Banestado pintados por Theodoro de Bona, Antonio Macedo e Vilmar Lopes, antes de entregues ao Museu Banestado. Em casa, Francisco Souto Neto com a mãe e a sobrinha Dione Mara Souto da Rosa. Título da foto: “Reunião com ex-Presidentes”. 

Foto 26 – Francisco Souto Neto, assessor para assuntos de cultura do Banestado, em seu gabinete de trabalho. 


Foto 27 – Francisco Souto Neto, assessor para assuntos de cultura do Banestado, entre Alice Varajão e Marly Meyer de Araújo. Em primeiro plano, sentados, Vera Munhoz da Rocha Marques e Poty Lazzaroto. 

Foto 28 – Souto com Vera e Clarissa Lagarrigue na Galeria de Arte Banestado. 


Foto 29 – Em 1992, a diretoria da Sociedade dos Amigos dos Museus de Curitiba: Lylian Vargas, Dino Almeida, Nelson Ferri, Francisco Souto Neto, Moysés Paciornik, Antônio Carlos Espíndola Schrega e João Henrique do Amaral. 

Foto 30 – Francisco Souto Neto e Anita Zippin na Telepar, ele diretor e ela presidenta do Conselho de Cultura da Telepar. 

Foto 31 – Francisco Souto Neto inaugurando a tela de Carlos Antonio de Almeida Ferreira na Galeria de ex-Presidentes no Museu Banestado. 

Foto 32 – Francisco Souto Neto na biblioteca de sua residência, sendo entrevistado pela televisão. 

Foto 33 – Francisco Souto Neto e Rubens Faria Gonçalves em Visby, Suécia. 

Foto 34 – Francisco Souto Neto e Rubens Faria Gonçalves nas trilhas alpinas da Suíça. 

Foto 35 – Em 2003, amigos e vizinhos, Francisco Souto Neto e Rubens Faria Gonçalves compram pets. Souto adquire o Paco Ramirez (chihuahua) e Rubens compra o Tibério Bouledogue (buldogue francês). Os cães tornam-se amigos.

Foto 36 – Francisco Souto Neto e seu chihuahua Paco Ramirez. 

Foto 37 – Francisco Souto Neto em 2015, com os cachorros já idosos Paco e Tibério. 

Foto 38 – Academia de Letras José de Alencar, no Palacete dos Leões. Francisco Souto Neto na posse de Rubens Faria Gonçalves (este, apresentado à Academia por Anita Zippin). Ao fundo, Tânia Rosa Ferreira Cascaes. Sentados, Arioswaldo Trancoso Cruz e Ana Teresinha Ribeiro Vicente. 

Foto 39 – Foto de família no Natal de 2016. Sentadas no sofá, as sobrinhas Marion Souto da Rosa Lemes, Isabelle Edith Aguilar da Rosa, Dione Mara Souto da Rosa e Rossana Souto da Rosa. Sentados no chão: Rubens Faria Gonçalves, Francisco Souto Neto, Felipe Bill e Guilherme Confortin.

GRATIDÃO OS HEROIS DA PANDEMIA