1 – A complexidade da Natureza
ultrapassa tremendamente nossa capacidade de compreensão
2 – A existência do Universo para fora
e para dentro de nós é possível graças a leis perenes e se mudam isso acontece
em função de outras leis.
3 – A vida é um fato acima de nossa
compreensão.
4 – afirmações sobre a “criação” do
Universo são frágeis diante da complexidade de tudo o que existe.
O Universo vai da tremenda complexidade
do menor segmento material ao conjunto de galáxias e outros imensos fenômenos
naturais ultrapassando nossa capacidade de compreensão e demonstração da
própria vida.
Em noite limpa e local sem as luzes das
cidades podemos ver um número enorme de estrelas, pontinhos luminosos sem
cintilação que são os planetas, uma parte da Via Látea, eventualmente meteoros
e olhando melhor nebulosas numa abóbada que parece querer despencar sobre a
gente.
Mais e mais observatórios do Universo
são criados assim como veículos automatizados disparados para o infinito.
Gradativamente astrônomos, físicos e até filósofos aprendem mais e se
surpreendem com inúmeras descobertas.
Com certeza muitos cientistas usam o
que sabem para fazer afirmações imperativas, mas notamos que não é raro tudo
mudar graças a supergênios capazes de unir conhecimentos e deduzir hipóteses e
teses surpreendentes. Note-se que vivemos tempos de imensos centros de
processamento de dados, e daí?
Em qualquer laboratório ou filme
científico teremos condições de mergulhar dentro de nós mesmos, descobrindo
complexidades inimagináveis e até simbioses que nos mantêm vivos.
Sentimos nossa dimensão infinitesimal
olhando para cima e percebemos a distância de explicações simplificadas e a
realidade da vida estudando simples bactérias.
Nesse cenário é difícil querer explicar
tudo, pior ainda, simplificar atribuindo tudo a um ser mais complexo. As
dúvidas, se tivermos coragem de alimentá-las, são enormes.
A impossibilidade de saber e entender é
algo real, inevitável. Muitos pensadores partiram desse princípio (céticos)[1]
e estavam certos. A Ciência descobre mais e mais detalhes sobre o Universo,
criando mais dúvidas do que certezas.
Não é prático, contudo, simplesmente
duvidar, assim a adoção de algum figurino pode acontecer por puro pragmatismo,
ingenuidade ou “revelação”[2].
Precisamos, contudo, fazer opções, pois
elas são exigidas e listadas por terceiros. Não temos liberdade de fazer
afirmações contrárias às convicções dos poderosos e de muitas pessoas com
tantas convicções.
De qualquer forma a Humanidade precisa
evoluir para poder sobreviver. Dos povos mais rudes aos mais sofisticados,
todos, sem exceção, precisam rever comportamentos e se ajustarem aos desafios
da sobrevivência, para isso todos têm direitos e deveres de ajustamento de
conduta.
Uma boa ferramenta no desenvolvimento
de códigos realistas de ética é o Cálculo aplicado a todas as hipóteses de
sobrevivência. Precisamos de condições de contorno, parâmetros, bancos de
dados, ferramentas de cálculo e simulação etc. para podermos criar
recomendações sensatas e honestas.
Ou seja, a Lógica (A LÓGICA NA MATEMÁTICA) merece aplicação em
nossos comportamentos e sua evolução é uma demonstração de limitações e
esperanças.
1 – O Universo, por si só, merece nossa
admiração e respeito.
1 -
Exercitar a humildade intelectual.
2 – Admitir que estaremos abaixo do potencial
necessário e suficiente à compreensão do Universo.
3 – Estimular o prazer de ser e estar
num cenário tão fantástico.
4 – Estudar sempre a Natureza como um
todo.
Cascaes
27.06.2016
Adelmo R. de Jesus, Eliana P. Soares, Elinalva V.
Vasconcelos, Graça Luzia D. Santos, Ilka Rebouças Freire, Miriam F.
Mascarenhas. A LÓGICA NA MATEMÁTICA. s.d. 3 de 9 de 2015.
.
[1] O ceticismo filosófico se
manifestou na Grécia clássica, aparentemente um de seus primeiros proponentes
foi Pirro de Elis (360-275 a.C.) que
estudou na Índia e defendia a adoção de um "ceticismo prático". Carneades discutiu o tema de
maneira mais minuciosa e contrariando os estoicos, dizia que a certeza no
conhecimento, seria impossível. Sexto Empírico (200 a.C.) é tido como a
autoridade maior do ceticismo grego.9 Mesmo atualmente o
ceticismo filosófico costuma ser confundido com o ceticismo vulgar e com aquilo
que a tradição cética denominou de "dogmatismo negativo". Nada mais
está tão em desacordo com o espírito do ceticismo do que a reivindicação de
quaisquer certezas, seja as positivas ou as negativas. 10 11
Na Filosofia islâmica, o ceticismo foi
estabelecido por Al-Ghazali (1058–1111), conhecido no Ocidente como
"Algazel", era parte da Ash'ari, a escola de teologia
islâmica, cujo método de ceticismo compartilha muitas semelhanças com o método
de René Descartes. Wikipédia
[2] Revelação divina é a denominação, de modo
genérico, para todo conhecimento transmitido ao homem diretamente por um deus ou
deuses (muitas vezes o meio por onde este conhecimento foi passado também é
chamado assim).
A revelação é o ato de
revelar ou desvendar ou tornar algo claro ou óbvio e compreensível por meio de
uma comunicação ativa ou passiva com a Divindade. A Revelação pode originar-se diretamente
de uma divindade ou por um intercessor ou agente, como um anjo ou santidade;
alguém que tenha experienciado tal contato é denominado profeta. Wikipédia em 27 de junho de 2016.
Caríssimo Cascaes! Desde minha infância este assunto me fascina. Adolescente, comprava livros e pesquisava o tema. Um dia descobri Blaise Pascal através do seu pensamento filosófico: “A profundeza dos espaços infinitos me aflige. O que é o homem em relação ao infinito? Um meio entre o nada e o tudo”. Depois, na idade adulta, uma conclusão: somos pequenos demais, insignificantes demais, até pelo fato de não conseguirmos sequer entender o infinito. Quanto mais avança a ciência nestas últimas décadas, mais acatamos a semelhança do universo fora e dentro de nós, mas ao mesmo tempo, incoerentes, nos aprofundamos na impossibilidade de compreender a essência do micro e do macro cosmo. Só uma certeza: a de que somos apenas poeira de estrelas.
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