quinta-feira, 27 de abril de 2017

Jararaca

Jararaca
Cardosofilho
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Por razões de segurança, em 03 de maio próximo Lula não estará em Curitiba. A audiência que o colocaria diante do juiz Sérgio Moro, da 13ª Vara Federal do Paraná, foi adiada para o dia 10.
Segundo notícias que circulam por aí, grande número de seguidores do ex-presidente, aproveitando o feriado de 1º de Maio, segunda-feira, Dia do Trabalhador, viriam a Curitiba para apoiá-lo e, ao mesmo tempo, hostilizar o juiz Sérgio Moro. Pode-se imaginar o risco de tumulto. E quem são esses apoiadores? Para variar, são os arregimentados pelo PT e dirigentes sindicais, estes os pelegos sustentados pelo imposto sindical. Enfim, a conhecida turma do pão com mortadela e mais trinta reais, transporte e pagamento de despesas outras. É possível que, devido às circunstâncias, o cachê tenha melhorado para cinquenta, talvez cem reais. Dinheiro não falta para essas mobilizações. Falta dinheiro é para os pobres e os treze milhões de desempregados, os que mais sofrem pelos crimes e desatinos de treze anos de governo corrupto do PT e dos partidos que apoiaram o bolivarianismo de Lula e Dilma. Corrupção como nunca antes houve no País e jogou a economia brasileira na lona. Sim, é justo lembrar que o PT contou com sócios mui solidários e vorazes no assalto praticado.
Quanto a Lula, enquanto não for devidamente apenado pela Justiça, seguirá esbravejando e incitando a insurgência de seus sectários contra a Operação Lava-Jato. Sua estratégia é negar qualquer culpa, apostando que não se conseguirá provar sua responsabilidade pelos crimes que cometeu. O mesmo estratagema de todos os enrolados nas investigações. Ninguém roubou nada e todas as doações de campanha foram aprovadas pela Justiça Eleitoral. A ladainha de sempre. Quanto às delações de Fulano, Beltrano etc., tudo mentira. Invenção dos que, culpados, querem valer-se da delação premiada para amenizar a pena recebida ou a receber. Bandidos corruptos só na Odebrecht, OAS etc. Afora os executivos das grandes empreiteiras de obras públicas, os mesmos que frequentavam com desenvoltura os gabinetes do poder da República espalhando dinheiro aos poderosos e influentes do mundo político, só há inocentes. Então, quando o brasileiro sente ânsia de vômito diante da politicalha vagabunda praticada por aqui, pode-se supor que se trate de infame injustiça. Eis, amigos, o insólito, fantástico e jamais visto caso de corrupção em que existem uma legião de corruptores e nenhum corrupto.
Pobre e sofrido Brasil, dependente de políticos cuja maioria encontra-se preocupada em ocultar seus crimes, cultivar o populismo que lhe garanta votos dos eleitores e assegurar seus próprios privilégios. E, quando diante de propostas de reformas necessárias e urgentes para o País, como a trabalhista e a previdenciária, esparrama-se em demagogia e despreza o debate honesto.
Lula e demais abutres abrigados no PT e em outros partidos constituem o nosso calvário. Temos de sofrê-lo para depurar nossa alma, contaminada pela tolerância a desde pequenas transgressões até crimes mais graves. Pela bondade boçal que se apieda de criminosos e os perdoa. Pela ineficiência de nossa Justiça, afundada em códigos processuais vencidos, causadores de ações judiciais intermináveis, e leis penais em descompasso com a realidade destes tempos violentos como poucos. Pela manutenção de privilégios injustificáveis, inclusive salariais, dos funcionários públicos dos três poderes.
A Operação Lava-Jato, já histórica, mostra que um Brasil saneado e moralizado é possível, desde que o brasileiro feche questão e não aceite que ela, Lava-Jato, seja barrada em sua ação higienizadora. Se permitirmos que os canalhas e corruptos vençam mais uma vez, pagaremos caro e choraremos e rangeremos dentes por muitos e muitos anos, e só Deus saberá até quando. Não há escolha: é preciso que as serpentes que nos picam e envenenam sejam esmagadas, principalmente a jararaca que, para salvar o couro, ameaça lançar o Brasil às chamas de um conflito social sangrento.

Abril de 2017.  

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