terça-feira, 25 de agosto de 2015

Cerveja e segurança nos estádios de futebol




Projetos de Lei didáticos
A Câmara de Vereadores de Curitiba discute a aprovação ou não da venda de bebidas alcoólicas (cervejas) nos estádios de futebol da cidade. Num ambiente inteligente, eventualmente emocional e típico de crenças e convicções talvez radicais tratam da segurança em estádios privados acolhendo multidões eventualmente enfurecidas.
Ou seja, a Polícia Militar é implicitamente responsabilizada pela garantia das pessoas e famílias que frequentam espetáculos futebolísticos, um “esporte” que gera milionários e clubes miseráveis.
Note-se que muitos outros eventos mereceriam a mesma discussão. Por enquanto o futebol é o pesadelo que incomoda.
Com certeza a sessão de 25 de agosto deste ano, que tivemos a oportunidade de filmar parcialmente, colocou posições interessantes e pertinentes, seja qual for a proposta do vereador que discursava.
Devemos, contudo, lembrar o que acontece quando os torcedores saem dos estádios, agora denominados “arenas”. Desde muitos anos um jogo de futebol mais emocionante transformou-se em pesadelo para o transporte coletivo e até contra pedestres desavisados. Bares e lojas fecham. O vandalismo é rotina. Nesses lugares sentimos, não raramente, a falta de policiamento. Com certeza a situação econômica do Estado do Paraná precisa ser considerada quando imaginamos despesas e compromissos, a prioridade é o povo em geral..
E dentro dos coliseus?
Lá agora faturam cervejas e provavelmente camisas, sanduíches etc. além dos ingressos e mensalidades de associados. O que impede os gerentes desses ambientes, quando privados, de serem cuidados por equipes de segurança particulares, especializadas? Agora têm, inclusive, o benefício dos sistemas de vigilância eletrônicos, gravadores e até a possibilidade de chamar batalhões de choque, se necessário.
O que os clubes arrecadam dentro dos ambientes onde profissionais chutam bolas (que deveriam estar em várzeas, campos de futebol livres, clubes convencionais etc. mais e mais raros) mais o faturamento implícito e explícito em torno de passes e direitos de transmissão deve ser suficiente para cuidar de seus clientes. Esses artistas da bola viabilizam o desportista da cerveja, lá, nos bares e até nos sofás de suas casas. É um direito (ganhar com cervejas, por exemplo) que precisa ser respeitado, apesar de leis federais que, via de regra, só atrapalham. Se faturam e são donos dos espaços de reunião de jogadores e torce dores devem assumir o ônus da segurança.
O que é interessante, omitindo nossa opinião pessoal, é ver e ouvir pessoas inteligentes debatendo o que pode ou não ser vendido durante os jogos de futebol de times de profissionais. É uma discussão que devidamente traduzida serve para muitas outras situações.
Qual é a sua opinião?
Em tempo: e a acessibilidade, higiene, segurança em geral, assistência médica, conforto e tudo o mais que possa ser valorizado e exigido nesses templos da bola? Nos autódromos, igrejas, clubes noturnos, escolas, universidades, clubes de atletismo etc. a responsabilidade é dos proprietários ou sócios, por quê a exceção para as “arenas” quando não pertencem aos pagadores de impostos?

Cascaes
25.8.2015

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