terça-feira, 20 de outubro de 2020

Bem-te-vi assobia o que o Sabiá sabia

 Bem-te-vi assobia o que o Sabiá sabia 17.10.20COVID20 

Nesses tempos de pandemia,  

Isolado no mato, medo do humano vetor Mais do que do micróbio terror, Deparei com rica algaravia. 

De fato, a passarada no seu vai-e-vem, Fez passar melhor o demorado tempo, Vi chuva pouca, muito vento, 

E vários bichos que por aqui tem. 

Rendi em fazer comedouro, 

Perto da janela, das aves fotografia. E qual foi a surpresa, um estouro, Os matizados pássaros fazem folia. 

O dono da manjedoura é o Sabiá, Disputa os nacos de fruta 

Com a passarada renhida luta, 

Cedo finda o manjar que ponho lá. 

Outro dia, tempo frouxo, cousa de Pandemia, 

Câmera na mão, a mirar o alimentador, Chegou o Sabiá, o rei do poleiro, E ali pousou, também, Bem-te-vi faceiro, 

Maior e mais soberbo dizia: 

Bem te vi Sabiá comedor, 

Minha vez agora da iguaria. 

O Sabiá, malaco, rápido, voador, 

Foi pra cima do Amarelo, 

Piando, dizia: eu já Sabia, eu já Sabia Que você é só de ver, mas fraquelo Já Sabia, aqui chegando você ia. 

A flava ave tomou altura, 

Trinava lá na lonjura, 

Sabiá, bem te vi, bem te vi, bem te vi, E comendo a fruta, Sabiá respondia: Sabia que você só sabia assoviá. Pipila aí à vontade, que eu chilreio aqui.


Nenhum comentário:

Postar um comentário

GRATIDÃO OS HEROIS DA PANDEMIA