Bem-te-vi assobia o que o Sabiá sabia 17.10.20COVID20
Nesses tempos de pandemia,
Isolado no mato, medo do humano vetor Mais do que do micróbio terror, Deparei com rica algaravia.
De fato, a passarada no seu vai-e-vem, Fez passar melhor o demorado tempo, Vi chuva pouca, muito vento,
E vários bichos que por aqui tem.
Rendi em fazer comedouro,
Perto da janela, das aves fotografia. E qual foi a surpresa, um estouro, Os matizados pássaros fazem folia.
O dono da manjedoura é o Sabiá, Disputa os nacos de fruta
Com a passarada renhida luta,
Cedo finda o manjar que ponho lá.
Outro dia, tempo frouxo, cousa de Pandemia,
Câmera na mão, a mirar o alimentador, Chegou o Sabiá, o rei do poleiro, E ali pousou, também, Bem-te-vi faceiro,
Maior e mais soberbo dizia:
Bem te vi Sabiá comedor,
Minha vez agora da iguaria.
O Sabiá, malaco, rápido, voador,
Foi pra cima do Amarelo,
Piando, dizia: eu já Sabia, eu já Sabia Que você é só de ver, mas fraquelo Já Sabia, aqui chegando você ia.
A flava ave tomou altura,
Trinava lá na lonjura,
Sabiá, bem te vi, bem te vi, bem te vi, E comendo a fruta, Sabiá respondia: Sabia que você só sabia assoviá. Pipila aí à vontade, que eu chilreio aqui.
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