sábado, 24 de maio de 2014

Emílio de Menezes, O satírico



Publicado em 11/10/2012
"Os que conheceram Emílio de Menezes ainda estão a vê-lo, com aquela bigodeira a Vercingectorix e aquele amplo chapéu, ora brandindo o bengalão retorcido, a expedir raios sobre a iniquidade dos pigmeus que o irritavam; ora sufocado num riso apopléctico de intenso gozo mental, rematando uma sátira com que, destro, arrasava a empáfia dos potentados e a impertinência dos presunçosos; ora bonacheirão, carinhoso, entalando uma fatia de pão-de-ló na boca de um de seus fiéis cães de raça; ora ainda transfigurado, olímpico, dizendo, com inspiração extraterrena, 'Os Três Olhares de Maria' ou o 'Ibiseus Mutabilis'. (...)" - Mendes Fradique, no prefácio de "Mortalha - Os deuses em ceroulas".

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