Jadson Luís Rebelo Porto
Curitiba, 24 de novembro de 2017
Boa Noite!
Foi com muita honra que recebi a notícia da indicação de meu nome para integrar à Academia de Letras José de Alencar.
Agradeço, inicialmente a Deus pela graça alcançada; à acadêmica Ariadne Zippin, pela minha indicação; à Academia de Letras José de Alencar,
pela oportunidade; e à Universidade Federal do Amapá, por criar todas oportunidades pelas condições de avançar nas pesquisas,
como também para a publicação de seus resultados.
Agradeço, inicialmente a Deus pela graça alcançada; à acadêmica Ariadne Zippin, pela minha indicação; à Academia de Letras José de Alencar,
pela oportunidade; e à Universidade Federal do Amapá, por criar todas oportunidades pelas condições de avançar nas pesquisas,
como também para a publicação de seus resultados.
Ao receber a notícia de minha indicação a esta nobre Academia, lembrei-me das primeiras
palavras de José de Alencar em sua obra "Iracema", escrita em 1865:
palavras de José de Alencar em sua obra "Iracema", escrita em 1865:
Verdes mares bravios de minha terra natal, onde canta a jandaia nas frondes da carnaúba; Verdes mares que brilhais como
líquida esmeralda aos raios do Sol nascente, perlongando as alvas praias ensombradas de coqueiros.
líquida esmeralda aos raios do Sol nascente, perlongando as alvas praias ensombradas de coqueiros.
Serenai verdes mares, e alisai docemente a vaga impetuosa, para que o barco aventureiro manso resvale à flor das águas.
Onde vai a afouta jangada, que deixa rápida a costa cearense, aberta ao fresco terral a grande vela?
Sou natural de Santarém, município paraense situado à margem direita da foz do rio Tapajós, encontrando com o rio Amazonas.
Não saí de Santarém pelos mares.
Saí pelo rio! As praias santarenas são alvas e as suas águas são de cor esverdeada. A distância de uma margem a outra no encontro dos rios
Tapajós e Amazonas chegam atingir 20 km no período de cheia. O rio Amazonas, já foi denominado de "Mar Dulce", devido às suas dimensões.
Já enfrentei os banzeiros amazônicos, que são ondas bravias em períodos de ventos e chuvas fortes, cujos transportes
fluviais ainda apresentam forte influência nas dinâmicas social, econômica e cultural da região.
Não saí de Santarém pelos mares.
Saí pelo rio! As praias santarenas são alvas e as suas águas são de cor esverdeada. A distância de uma margem a outra no encontro dos rios
Tapajós e Amazonas chegam atingir 20 km no período de cheia. O rio Amazonas, já foi denominado de "Mar Dulce", devido às suas dimensões.
Já enfrentei os banzeiros amazônicos, que são ondas bravias em períodos de ventos e chuvas fortes, cujos transportes
fluviais ainda apresentam forte influência nas dinâmicas social, econômica e cultural da região.
Um dos mais importantes intérpretes da Amazônia, Leandro Tocantins, em 1952, assim denominou a sua obra mais impactante:
"O rio comanda a vida". Nesta obra, o autor identifica a importância e a influência dos rios amazônicos na vida dos povos ali residentes.
O rio que outrora separava regiões, é o mesmo rio que integrava as suas riquezas ao resto do mundo.
"O rio comanda a vida". Nesta obra, o autor identifica a importância e a influência dos rios amazônicos na vida dos povos ali residentes.
O rio que outrora separava regiões, é o mesmo rio que integrava as suas riquezas ao resto do mundo.
Meu barco aventureiro navegou! Tive a oportunidade de morar em 10 cidades brasileiras das regiões Norte, Centro-Oeste,
Sudeste e Sul, como também em Coimbra (Portugal) e Rio Gallegos (Argentina).
Com isso, pude vivenciar uma série de experiências regionais que corroboraram para a minha formação profissional. Sou Geógrafo.
Sudeste e Sul, como também em Coimbra (Portugal) e Rio Gallegos (Argentina).
Com isso, pude vivenciar uma série de experiências regionais que corroboraram para a minha formação profissional. Sou Geógrafo.
Os ventos que sopram minhas velas são oriundos de três fontes: dos meus mestres, que com suas perguntas me estimularam
a elaborar novas perguntas; dos livros, que com suas palavras e expressões, me ensinaram a observar, questionar e refletir;
e dos meus alunos, que com suas perguntas buscam repostas.
a elaborar novas perguntas; dos livros, que com suas palavras e expressões, me ensinaram a observar, questionar e refletir;
e dos meus alunos, que com suas perguntas buscam repostas.
Neste navegar, ancorei na foz do rio Amazonas, esquina com a linha do Equador, como relata nosso poeta amapaense
Zé Miguel. Meu trapiche é na Universidade Federal do Amapá.
Zé Miguel. Meu trapiche é na Universidade Federal do Amapá.
Meu porto seguro é onde minha família está. Agradeço àqueles familiares que sempre e em todos os dias acompanham este
barco aventureiro que resvala pelos mares e por me proporcionarem a enseada que me proteje da vaga impetuosa que
expôs José de Alencar acima: Eunice Porto, Jorge Porto, Júnia Silva, Adriana Porto, e aos meus filhos Ana Girassol e Ivan Luís.
barco aventureiro que resvala pelos mares e por me proporcionarem a enseada que me proteje da vaga impetuosa que
expôs José de Alencar acima: Eunice Porto, Jorge Porto, Júnia Silva, Adriana Porto, e aos meus filhos Ana Girassol e Ivan Luís.
E para finalizar estas breves palavras, agradeço a confiança que depositam em meu nome para integrar esta ilibada Academia.
Onde vai a afouta jangada, que deixa rápida a costa cearense, aberta ao fresco terral a grande vela?
Perguntou nosso escritor mór. Nesta minha navegação, que não saiu do Ceará, mas do Pará, não sei respondê-lo!
Mas eu consegui chegar em Curitiba. Bons ventos aqui me trouxeram.
Onde vai a afouta jangada, que deixa rápida a costa cearense, aberta ao fresco terral a grande vela?
Perguntou nosso escritor mór. Nesta minha navegação, que não saiu do Ceará, mas do Pará, não sei respondê-lo!
Mas eu consegui chegar em Curitiba. Bons ventos aqui me trouxeram.
Muito obrigado.
Nenhum comentário:
Postar um comentário