segunda-feira, 14 de outubro de 2019

FELIZ DIA DO PROFESSOR


ÀQUELES QUE DEIXAM MARCAS E LEMBRANÇAS NAQUELES QUE SÃO EDUCADOS.
                                                                                                             Cintia Maria Onório                                                                                                              
Tantos anos já se passaram desde o primeiro dia de que tenho lembranças. Minha memória, muitas coisas já “deletou”, esta é a palavra que usamos atualmente para “apagar”. Mas recordo de fatos ocorridos na escola, que parece terem acontecido ontem. Estas lembranças provocam sentimentos que se misturam com a saudade, talvez por este motivo fiquem tão vívidas e intensas.
Lembro-me com clareza de muitos professores, como vocês também devem lembrar.  Clareza tal, que alguns destes professores até parece que me observam, com seus olhos vívidos e complacentes enquanto escrevo estas linhas. Outros a lembrança não é tão clara, não por terem sido menos importantes, mas porque nossa memória muitas vezes, nos prega estas peças, apagando detalhes ... deixando apenas fragmentos.
Gostaria de poder contar a todos os meus professores que acho que me saí bem nos estudos. Consegui terminar todas as etapas escolares, se não com maestria apenas com eficiência.
Sabe, Professora Elisa da segunda série, a minha caligrafia continua péssima, por mais que eu tente, ainda misturo tipos de letras. Ainda bem que hoje, o computador nos salva. Bem diferente da época em que a caligrafia era muito importante e eu sempre me saia mal.
Professora Marilda sinto muito, mas não consegui decorar a tabuada até hoje, como a senhora sempre cobrou, mas me viro bem. Veja, até já ensinei a tabuada, para muitas crianças. Sabe como eu faço? Uso composição e decomposição com muita eficácia. E isto devo a você.
Desculpe Professor George, não me dediquei à área das Ciências Biológicas, como sempre falei ao senhor que faria. Vou contar lhe um segredo: dizia que queria ser Bióloga, porque aos meus doze anos, o senhor foi o meu primeiro amor platônico e intenso.
Professora Marli, a senhora sim tinha razão. Adoro ler e escrever, às vezes, e isto devo aos quatro anos que passamos juntas. Agradeço por sua generosidade em me emprestar seus livros, naquela época o acesso aos livros era difícil. E também claro, a todas as discussões literárias que tivemos.
Bem são tantas histórias e tantos professores, que faltam linhas e paciência ao leitor, para que pudesse contar todas.
Mas peço um pouco mais de paciência pois tenho que mencionar a pessoa que talvez mais tenha me influenciado e incentivado para que eu seguisse o caminho das artes e consequentemente das letras. Minha avó, Professora Maria Nicolas. Ela que de seu jeito, as vezes distante, envolvida em seus afazeres e projetos, foi quem trazia sempre um livro novo, não de uso, mas de leitura. Que me levava à Biblioteca Pública e com que partilhei momentos de silêncio, em que ela escrevia e eu somente observava.
Bem, sei que todos a quem dirijo estas palavras de uma forma ou de outra foi influenciado ou influenciou alguém. Que ensinou ou aprendeu. Que pelas letras deixou marcas que jamais serão apagadas na formação de um indivíduo.
Aproveito o final deste pequeno relato para desejar a todos os mestres, professores ou não que de alguma forma contribuíram para a formação de alguém, sucesso e felicidades em seu dia a dia. Convido confrades e confreiras e público em geral para escrever algumas linhas para aqueles que marcaram a sua formação.

Cintia Maria Onorio é graduada em Pedagogia (1995) e Especialização em História, ambas pela Universidade Federal do Paraná. Atualmente é pedagoga aposentada - Prefeitura Municipal de Curitiba. É autora de livros didáticos e formadora de professores pela Base Editora, pelo Sistema Educacional Família e Escola,  pela Editora OPET e pela Editora Moderna. É também Membro Efetivo da Academia de Letras Jose de Alencar.


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